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Em Pauta

Você tem coragem de saber quando morrerá?

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/06/2022 08:00
Você tem coragem de saber quando morrerá?

Já existe uma empresa que tem o sangue da metade dos habitantes de seu país armazenado em seu laboratório. Há mais de 20 anos, tiveram uma ambiciosa ideia: utilizar essa singular nação, uma ilha vulcânica próxima ao ártico, como um gigantesco laboratório para revelar a essência do ser humano. Mais de metade da população, em torno de 180.000 voluntários, se apresentou à chamada da empresa. A "deCODE", analisou o DNA de todos, revelando milhares de variantes genéticas vinculadas a enfermidades comuns, como o câncer e o Alzheimer. Muito famosa na Europa, a "deCODE" recebeu o apelido de "A linguagem de Deus", nos Estados Unidos.


Você tem coragem de saber quando morrerá?

10.000 vikings e mulheres britânicas raptadas.

Por incrível que pareça, todos os islandeses são parentes. E isso não é um exagero. Umas 10.000 pessoas - em sua maioria homens vikings procedentes do que hoje é a Noruega e mulheres raptadas das ilhas britânicas - foram viver nessa ilha em apenas seis décadas, depois do ano de 874 d.C.. Todos os islandeses atuais iniciaram sua árvore genealógica à partir de um desses pioneiros. Misturaram -se apenas entre si. Essa escassa diversidade genética facilita a busca no DNA das futuras enfermidades.


Você tem coragem de saber quando morrerá?

O método para datar o falecimento.

Um dos últimos avanços da "deCODE" é um método para datar o falecimento daqueles que falecerão dentro de cinco anos. Os cientistas seguiram 23.000 islandeses durante 14 anos. A nova ferramenta foi capaz de classificar as pessoas sexagenárias e septuagenárias em função da proximidade da morte. No grupo que eles assinalaram como de alto risco, morreram 88% dos participantes - erraram apenas em 12%. No classificado como de menor risco, o acerto foi gigantesco - 99%. É necessário reconhecer que a possibilidade de datar a morte de uma pessoa é arrepiante. Mas é simples. Para quem tiver coragem, basta tomar um voo para Londres, e da capital britânica outro, para Reikjavic, capital islandesa. Os testes são baratos, a viagem é cara.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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