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Lado Rural

Inverno: é hora de prevenir contra infestações de carrapato

Pecuária de corte e de leite chega a perder R$ 10 bilhões por ano com a praga

José Roberto dos Santos | Com assessoria | 26/07/2021 16:49
Controle eficiente está no manejo correto das pastagens e dos animais. Foto: Reprodução
Controle eficiente está no manejo correto das pastagens e dos animais. Foto: Reprodução

Um dos fatores que mais influencia no desenvolvimento e propagação dos carrapatos é o clima, tão diverso no Brasil. Com as variadas temperaturas e pressões, a presença do parasita ocorre em tempo e intensidade diferentes em cada uma delas. Durante o inverno, período em que as infestações costumam ser menos drásticas, o produtor deve focar no planejamento e aproveitar para se preparar para as próximas estações, em que a propagação da praga aumenta.

Segundo Lucas von Zuben, biólogo e CEO da start up Decoy Smart Control, desenvolvedora de soluções biológicas para controle de pragas, o pecuarista não deve subestimar as épocas mais frias, pois as primeiras gerações de carrapatos podem surgir nesses períodos. “É fundamental que o produtor se preocupe e conheça o desenvolvimento do parasita em sua região. As temperaturas mais amenas podem dar a impressão de que o período de infestação já passou. Esse relaxamento pode custar caro quando o verão chegar”, alerta.

Para se ter uma ideia, o carrapato é um dos maiores inimigos da produção de leite e carne no Brasil e gera grandes prejuízos à pecuária nacional. Pulso da economia do país, o setor chega a perder R$ 10 bilhões por ano com as consequências que a praga ocasiona, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A primeira orientação do especialista é se preparar para manejar corretamente os animais e a pastagem. Assim, os erros no manejo são mitigados, prezando pelo bem-estar do rebanho. De acordo com o biólogo, entretanto, as alternativas de combate mais encontradas pelos produtores no mercado são agentes químicos que, independentemente da apresentação, possuem ação agressiva. “Os produtos são extremamente tóxicos, tanto para quem manipula, quanto para o animal e o meio ambiente. Além disso, o uso excessivo durante muitos anos aumentou a resistência da praga, implicando em dosagens maiores e em períodos cada vez mais curtos, deixando as soluções sem efetividade”, explica.

Segundo von Zuben, o controle biológico tem se apresentado como um importante aliado da pecuária. “É uma técnica utilizada para combater espécies nocivas, reduzindo os prejuízos causados por elas. A tecnologia consiste em controlar pragas e insetos transmissores de doenças por meio do uso de seus inimigos naturais”, pontua.

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