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Manoel Afonso

‘A invasão dos nanicos na AL’

Manoel Afonso | 04/07/2014 17:10

CANDIDATURAS Sem pressa. Para ganhar as ruas devem esperar passar o efeito da anestesia geral provocada pela Copa. Uma coisa de cada vez até para conter os gastos. Não há espaço para acomodar futebol e eleições em nosso imaginário.

DISCURSOS Cada qual com seu tom e de acordo com o desenrolar da campanha. Às vezes é preciso amoldá-lo a fatos decorrentes da própria ‘caminhada’ e pode chegar ao final mais incisivo ou não dependendo das chances de ir para o 2º turno.

PROPOSTAS Como eu digo: proposta é promessa, é aceno de esperança. Candidato tem que prometer. Azambuja saiu na frente com seu plano de governo, que aliás, deve ser melhor explicado didaticamente à mídia e ao próprio eleitorado.

O BOLSO É o ponto nevrálgico de qualquer campanha. Quanto mais tarde ela iniciar, melhor para os candidatos. Na AL ouve-se relatos sobre a preocupação dos candidatos quanto aos gastos. Aliás, esse fator deve derrubar várias pré-candidaturas.

A PROPÓSITO Alguns se postam de candidatos, inclusive a reeleição, para negociar apoio ou de preservar espaço na futura administração. Mas os candidatos ao governo não estão dispostos a financiar campanha de quem quer que seja.

SINAIS A reeleição do fiel Mario Cesar para a presidência da Câmara mostra que os netos de André terão que esperar mais pela exclusividade dos seus afagos. Fortaleceu o PMDB para a sucessão de Olarte e conseguiu realinhar vários partidos.

FANTASMA? Bernal posta sua candidatura que deve passar pelo crivo da Lei das Inegibilidades. Pergunta-se: Mas quem ele pouparia das suas amargas e raivosas críticas? Quem seria beneficiado com seu discurso eleitoral?

PREVISÕES Ganhe quem ganhar agora, as eleições prefeiturais da capital serão das mais interessantes, não só pelos candidatos, como pelos grupos e caciques apoiadores envolvidos. Lembro: é preciso reavaliar a musculatura do Olarte. De leve.

JOÃO GRANDÃO Ficou maior no PT. Após a absolvição do caso Sanguessugas está vitaminado com sua atuação no MDA e aparecendo ao lado de Delcídio na entrega de equipamentos agrícolas e rodoviários. Preocupa os concorrentes no PT.

AINDA Com o quadro que se desenha nas eleições proporcionais pelas chances de eleição de vários postulantes de partidos nanicos, os deputados do PT sabem que essa coligação com o PR apertou o cerco. Não haverá espaço para todos.

RENOVAÇÃO Anote aí: Poderá chegar a 50% na Assembleia Legislativa. Será pela desistência de alguns, desgaste natural de prestígio, concorrência nas próprias bases, prejuízo nas coligações e ainda o castigo do cruel quociente eleitoral.

PREOCUPA Quantos jovens envolvidos na política você conhece na sua cidade? Essa alienação seria obra do acaso ou frustração pelas contradições e falta de ética? Aliás, essa pergunta deveria ser feita aos jovens pelos próprios políticos.

PASMEM! Só 25% dos jovens (16/17 anos) em condições, tiraram o título e deste grupo 26% dizem não estar interessados na política. Não é balela; o próprio TSE mostra a diminuição da participação dos jovens na política em vários Estados.

INTERNET Se a ligação dos jovens com esse instrumento é grande, presume-se que eles preferem os teclados que a efetiva participação na política. É aquela história: no universo digital fazem e acontecem, mas no mundo real são acomodados.

DÚVIDAS Nestas eleições a internet será uma fonte de informações rápidas ou apenas um mero instrumento de divulgar e multiplicar boatos? Qual o percentual de eleitores que serão influenciados pela internet nas suas escolhas aqui no Estado?

BATALHA Assim como o marqueteiro, a internet poderá ser decisiva. A divulgação por exemplo, de vídeo com imagens comprometendo o candidato, será explorada pela oposição, gerando desgastes, perda de votos e até da propria eleição.

NEM PENSAR? Seria o caso de dizer que o tradicional modo de se fazer campanha acabou? Não se pode mais tomar aquele cafezinho ouvindo os ‘pornográficos’ pedidos dos eleitores? Cá entre nós: essa lei eleitoral é utópica, uma brincadeira.

REAÇÃO Se aqui não é a Inglaterra, o eleitor gosta do afago, do contato direto que lhe permita intimidade com o candidato. Os programas de TV encantam, mas o contato pessoal faz a diferença para o cidadão comum, que adora ser paparicado.

ANOTE Pela formação cultural-política de nosso povo, no interior principalmente, conta muito o fator da pessoalidade, muito acima do partido inclusive. E quem melhor souber se identificar interagindo com a população, cairá no agrado.

PROBLEMAS Não é só pelo viaduto sem uso que caiu. Já começamos a ter a visão do ‘legado’ da Copa não só pela qualidade e custo das obras , como também pela inversão de prioridades. A pergunta: o que fazer com tantos ‘elefantes brancos’?

O DESAFIO dos adversários de Dilma será não se atritar com o eleitor torcedor ao focar o evento, independentemente do desempenho da seleção. Afinal, o brasileiro é passivo, emocional e assim facilmente manipulável. Todo cuidado é pouco.

OPOSIÇÃO Precisa primeiro aparar suas arestas para poder uniformizar o discurso. Esse pessoal parece marinheiro de primeira viagem; não se entende e pratica o ‘fogo amigo’, passando inclusive imagem de insegurança. Assim não dá!

“Em política, estar com a rua não é mesmo que estar na rua”. (Ulysses Guimarães)

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