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Manoel Afonso

Conivência parlamentar

Manoel Afonso | 30/08/2013 11:03

FUNDO DO POÇO Claro que daqui alguns dias o fato cairá no esquecimento a exemplo de outros casos cavernosos envolvendo parlamentares. Hildebrando Paschoal, por exemplo, que matava desafetos com motosserra já foi esquecido.

CONIVÊNCIA Assim deve ser tratada a postura dos deputados que se esconderam nos gabinetes e daqueles que votaram contra a cassação do mandato de Natan Donatan. Não há que se falar simplesmente em mero corporativismo habitual.

“SURDOS” Agindo assim os deputados coniventes demonstram que não ouviram o recado das ruas pedindo ética dos governantes e políticos. Pelo visto não acreditam na veracidade das ameaças e demonstram confiança na impunidade habitual.

COMPARANDO Em 1987, na Pensilvânia, o político Robert Budd, condenado por corrupção a 55 anos de prisão e a devolver U$300 mil, enfiou um ‘38’ na boca e suicidou-se diante dos jornalistas. Preferiu à morte a humilhação! Lembra?

ACORDE! Aqui, após Getúlio, salvo memória, não consta que algum político acuado por denúncias tentou contra a própria vida. Evidente: confia-se no ‘sistema’ podre, nos arranjos partidários e na falta de memória do nosso eleitorado banana.

HONRA Que termo mais fora do contexto político brasileiro! Parlamento virou balcão de negociatas, o mandato é armadura da impunidade. Sergio Naya (aquele mesmo dos prédios que desabaram) foi outro exemplo de descompromisso com a honra.

PREPARE-SE A senha do julgamento dos deputados petistas – já condenados pelo STF - e que exercem o mandato, está posta. Vergonhosamente, se não ocorrer pressão popular e na mídia, serão beneficiados pela conivência da ‘brava’ maioria.

‘VILÃO’ O parlamentar se esconde atrás da cortina do voto secreto. Aos olhos do público e da mídia promete justiça, mas na pratica avaliza a safadeza. “Sabe como é: uma mão lava a outra, não se sabe o que nos espera no futuro” – diria.

ARREMATE Veremos artigos, charges e críticas sobre o caso. Mas aqui tudo é ‘passageiro’. Aí se questiona: Adianta a Justiça Eleitoral gastar milhões com máquinas eletrônicas, se o eleitor vota já comprometido com a bandalheira?”

‘O CÂNCER’ Para o deputado Amarildo, existem incoerências entre os depoimentos de Adalberto Siufi e Carlos A. Coimbra. Por conta disso a CPI irá confrontar os depoimentos com os documentos obtidos. A opinião pública segue atenta.

INTERROGAÇÕES É correto os profissionais da família Siufi faturar tanto no Hospital do Câncer? Transgrediram a ética ou as normas do direito? Por que a situação chegou a esse de ponto de conseguirem tantas facilidades? Complicad

O ARTISTA O povo de Aquidauana foi seduzido pela sua voz no rádio. Raul Freixes postou-se de paladino, romântico, religioso e chegou ao poder. A proposta de ‘mudanças’ foi um desastre que se voltou contra ele como bumerangue.

O ELEITOR nem sempre consegue separar o imaginário do mundo real e aí compra gato por lebre. Vale lembrar: a eleição de Bernal seguiu o mesmo roteiro de Freixes em Aquidauana. Artistas do rádio, ambos são especialistas em vender ilusões.

ARTUZZI Será que alguns políticos – padrinhos e orientadores dele – foram ao velório ou enviaram coroa de flores? Claro que pesou a formação de Artuzzi, mas a ‘força’ e conselhos deles foram fundamentais para a sua derrocada.

INCRA O fracasso de alguns assentamentos rurais é visto como fruto da passividade do órgão, engessado também pela falta de recursos do Governo Federal. Esse caso recente em Itaquiraí, repercutido aqui na Assembleia Legislativa, mostra isso.

O COMÉRCIO de ‘direitos’ sobre os lotes virou prática usual. Falta fiscalização do órgão, assentamentos viraram ‘terra de ninguém’. Sem mudanças teremos mais favelas rurais. O governo precisa criar juízo, ser mais prático nas questões da terra.

QUANDO? O cidadão leigo em matéria de direito, mas prático na leitura do cenário, questiona a data limite para Zé Dirceu e outros companheiros serem presos. O direito de ‘espernear’ dos réus passa dos limites, abusa da nossa paciência. Tem dó!

‘BRINCADEIRA’ O assassino italiano Cesare Battisti foi acolhido com tratamento digno de ‘pop star’. Mas o senador boliviano eleito democraticamente teve tratamento diferente. Será que a nossa Dilma tem medo da Bolívia invadir o Brasil?

A PROPÓSITO A nossa postura equivocada nas relações internacionais tem deixado o país em situação constrangedora. Antes, Evo desapropriou a refinaria da Petrobras e o Governo não reagiu. Agora quer o senador de volta. Vamos atendê-lo?

MALAFAIA Por onde passa o pastor arranca aplausos e provoca discussões. Aqui na capital não foi diferente, repercutindo na mídia e até na tribuna da Câmara. Uma coisa é certa: com seu discurso moralista ganha espaço político e aumenta seu poder.

NA FALTA de outras vozes para se contrapor as questões envolvendo direito de minorias no campo sexual, Malafaia usa da religião para atrair parte da ala conservadora da sociedade, independentemente de credos. E vai faturando.

7 DE SETEMBRO Apenas militares e estudantes desfilando pelas ruas e a sociedade passiva aplaudindo nas calçadas? Acho que não. Após mais essa falta grave cometida pela Câmara Federal as manifestações devem voltar com força total.

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