Segurança privada: mercado aquecido
O novo Estatuto da Segurança Privada moderniza o setor com regras atualizadas para o transporte de valores, a vigilância patrimonial e a segurança eletrônica, garantindo ao cidadão um serviço de melhor qualidade.
O cidadão contemporâneo vive em constante tensão. O crime organizado não respeita fronteiras e a violência gera enorme prejuízo econômico. A chamada interiorização da criminalidade, que leva a insegurança também para cidades de menor porte — onde o aparato policial é limitado — reforça a importância da segurança privada como atividade complementar à segurança pública.
Segundo dados oficiais, o Brasil conta hoje com mais de 570 mil vigilantes ativos, número que representa crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Um dado relevante é a maior participação feminina, que já corresponde a 15% da categoria. Isso ocorre porque o setor tem gerado vagas em ritmo superior ao da própria economia.
Além de combater a clandestinidade, o novo Estatuto oferece segurança jurídica para as empresas do segmento e, consequentemente, para seus contratantes. A segurança privada atua preventivamente, com o objetivo central de proteger vidas em diferentes ambientes. Para exercer a profissão, o vigilante passa por curso de capacitação em escolas credenciadas pela Polícia Federal.
Em Mato Grosso do Sul, a expansão industrial e imobiliária tem impulsionado o setor. Os investimentos bilionários das indústrias de celulose em municípios como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Inocência e Bataguassu atraem novos moradores e aumentam a demanda por habitação e saúde. Nas maiores cidades do Estado, como Campo Grande e Dourados, observa-se impacto socioeconômico direto, especialmente pelo crescimento de condomínios. Assim, indústrias, comércio, bancos, condomínios e órgãos públicos recorrem cada vez mais aos serviços de segurança privada.
O resultado é positivo: o cidadão tem acesso a um serviço de segurança mais qualificado e fiscalizado, o que fortalece o sistema de segurança pública como um todo.
Entretanto, para que todos os efeitos esperados do Estatuto se concretizem, é imprescindível que a lei seja devidamente regulamentada pela Presidência da República.
Por fim, destaca-se que Mato Grosso do Sul sediará o 1º Simpósio Brasileiro de Segurança Privada, previsto para o final de novembro.