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Direto das Ruas

"Malandro do salgado" ataca em Campo Grande pelo menos desde agosto

"Pior que eu comprei o salgado e ele não tinha nada de recheio”, contou leitora sobre a decepção

Aletheya Alves | 16/02/2019 07:15
Leitores chegaram a gastar R$ 190 com os salgados (Foto: Direto das Ruas)
Leitores chegaram a gastar R$ 190 com os salgados (Foto: Direto das Ruas)

O "malandro do salgado", homem que chega em vários locais com salgadinhos não pedidos por ninguém e cobra pela suposta encomenda, age pelo menos desde agosto de 2018 em Campo Grande. Leitores que viram a primeira matéria do Campo Grande News sobre a situação enviaram suas histórias por meio do canal Direto das Ruas.

Quatro relatos foram contados sobre o mesmo homem que informa a existência da encomenda e diz que não pode sofrer com o prejuízo. No final da conversa sempre consegue o dinheiro cobrado. O homem apareceu nas empresas entre agosto de 2018 e fevereiro deste ano.

Uma funcionária de escola municipal relatou que mais de cinco outros colégios caíram na conversa do vendedor durante o mês de agosto do ano passado. O vendedor teria informado o nome da diretora, pois havia perguntado para um pai de aluno que estava na recepção, e insistiu que 150 salgados foram encomendados. Conforme a servidora, a diretora ficou sem saber o que fazer e acabou aceitando os salgados.

Depois de conseguir vender os salgados para os professores do local, a diretora da escola reuniu o dinheiro e o vendedor saiu satisfeito. “Ficamos sabendo que era estelionatário porque os diretores tem um grupo e o fato ocorreu em várias escolas. Pior que eu comprei o salgado e ele não tinha nada de recheio”, contou sobre a decepção.

Dezembro foi o mês em que outros dois leitores receberam a visita inconveniente do vendedor. João Victor Soares, 19, trabalha como secretário de um médico e contou que estava apressado com o serviço e acabou pagando pelos alimentos sem nem mesmo pensar.

“Vimos a matéria do malandrão do salgado. Um cara com um isopor chegou falando que tinha uma entrega para um médico. Estava numa correria no consultório e caí na bobeira de pagar sem perguntar”, explicou sobre a situação. João contou que precisou desembolsar R$ 190 e não solicitou recibo.

Eva Roseli de Paula, 40, relatou que seus funcionários tiveram a mesma ocorrência e gastaram R$ 40 com os salgados que, de acordo com Eva, nem recheio tinham.

Continuando a trajetória do “malandro do salgado”, o último relato foi de uma leitora que preferiu não se identificar. Ontem (15) pela manhã, um homem se identificou como Deivi e entrou no escritório de advocacia dizendo que havia uma encomenda de dez bandejas, de acordo com a leitora. “O dono do escritório aceitou, pagou R$ 100. Só que depois que lemos a reportagem hoje pela manhã, eu fui olhar os salgados e todos eram de frango, com uma coisa mínima de frango, não tinha nem uma colher de chá de recheio”, contou.

Nenhuma das pessoas registrou boletim de ocorrência, mas as vítimas podem relatar a situação como tentativa de estelionato, conforme informado pelo delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Antônio Ribas.

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