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Direto das Ruas

Casal de MS sobrevive a acidente que matou crianças brasileiras no Chile

Mulher teve fratura e escoriações e marido saiu ileso, dizem familiares que moram em Campo Grande

Ronie Cruz | 05/06/2019 12:15
Casal posa para foto (Foto: Arquivo pessoal)
Casal posa para foto (Foto: Arquivo pessoal)

O que era para ser uma viagem bem perto da natureza virou um episódio traumático para um casal de Campo Grande que fazia turismo no Chile no início da semana. Marido e mulher estavam no mesmo grupo de turistas das duas meninas brasileiras, de 3 e 7 anos, que morreram após deslizamento de rocha em um ponto turístico nas imediações da barragem de El Yeso, na Cordilheira dos Andes, região metropolitana de Santiago.

A campo-grandense Cláudia Maciel Muller, 55 anos, teve fratura e escoriações e precisou de atendimento médico. Em entrevista à imprensa, o marido dela, Ademir Antunes Mendonça, 62, que saiu ileso disse que o que local do acidente não era sinalizado. “Ela está bem. Uma pedra pegou na cabeça, ela caiu, bateu o cóccix”, disse no hospital.

De acordo com Ademir, o local onde aconteceu o acidente não possui qualquer tipo de sinalização informando sobre o perigo de deslizamento. Ele disse aos jornalistas que o gelo derreteu e deixou as rochas escorregadias provocando o deslizamento.

Aos jornalistas chilenos, Ademir conta que a esposa foi atingida no deslizamento de rochas (Reprodução/24h)
Aos jornalistas chilenos, Ademir conta que a esposa foi atingida no deslizamento de rochas (Reprodução/24h)

“Há a necessidade de, além de colocar placas de advertência, as agências de turismo informarem as pessoas. As crianças são as que têm menos iniciativa para procurar um abrigo. As crianças foram as vítimas porque demoraram para procurar abrigo provavelmente. Os pais não estavam próximos naquele momento”, afirmou Ademir.

Nesta quarta-feira (5), o irmão de Cláudia, André Müller Filho, disse ao Campo Grande News que o casal já está a caminho do Brasil. “Eles estão voltando do Chile. Tentei contato com eles, mas não atenderam”, disse.

Veja o vídeo:

Deslizamento - As duas meninas de 3 e 7 anos que morreram no deslizamento de rocha na segunda-feira (3) no Chile foram identificadas como Khálida Trabulsi Lisboa, de 3 anos, e Isadora Bringel, de 7. A identidade das vítimas foi confirmada ao G1 pela polícia chilena e pela esposa do avô de uma das meninas que são do Maranhão. Elas estudavam na mesma escola em Bacabal (MA).

Após se desprenderam, as rochas se dividiram em vários pedaços e atingiram o grupo de turistas, entre eles os campo-grandenses Cláudia e Ademir.

Informações da rede de televisão T13 dão conta que Khálida, de 3 anos, morreu no local e Isadora, de 7, foi levada a um centro médico, mas não resistiu aos ferimentos. O jornal "La Nación" noticiou que os turistas estavam em um lugar proibido. Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público do Chile para apurar as responsabilidades do guia de turismo.

Familiares das vítimas viajaram para o Chile nesta quarta-feira (5) para ajudar os pais das meninas maranhenses na liberação dos corpos. O caso está sendo acompanhado pelo Consulado do Brasil em Santiago e presta apoio consular cabível, informou o ministério das Relações Exteriores.

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