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Direto das Ruas

Espera de até 5h causa revolta de pacientes em hospital particular

Adriano Fernandes | 20/06/2022 22:12
Mesmo com recepção vazia, pacientes garantem que espera para atendimento passou de horas no Hospital Cassems. (Foto: Direto das Ruas) 
Mesmo com recepção vazia, pacientes garantem que espera para atendimento passou de horas no Hospital Cassems. (Foto: Direto das Ruas)

A espera por atendimento no Hospital Cassems, em Campo Grande, chegou a cinco horas nesta segunda-feira (20), segundo pacientes. A situação gerou revolta dos clientes, que acabaram se frustrando com a expectativa de atendimento médico mais ágil na rede particular.

É o caso do professor aposentado Samuel Bordin, que disse ter chegado às 15h30 desta segunda-feira no hospital. Ele foi acompanhar a esposa, que já tem diagnóstico de pneumonia e estava se queixando de dores no peito. Só às 20h30 que a paciente foi atendida, segundo o aposentado.

"Só agora, quase 21h, que eles foram dar um soro para minha esposa. Isso é um absurdo, um descaso com quem paga caro pelo plano de saúde", comenta. Imagem da recepção dos hospital, por volta das 21h30, chama atenção por não estar lotada. Mesmo diante desse cenário, outro leitor que também entrou em contato com a redação enquanto aguardava atendimento para o filho, reafirmou que atendimento era lento.

Outra cliente que se revoltou contra o atendimento prestado pelo hospital nesta noite, foi a funcionária pública Elaine Reis, de 40 anos. Ela conta que o tio foi transferido da CTI do Hospital do Câncer para a Cassems, com a garantia de que teria uma quarto com a mesma estrutura da outra unidade hospitalar. Ao chegar na Cassems veio a surpresa.

"Eles colocaram meu tio que está traqueostomizado em coma induzido, debilitado, com câncer na garganta em uma ala, que é como se fosse uma enfermaria, uma emergência. Ele está recebendo o suporte, mas não é a estrutura adequada para ele ficar", desabafa.

Elaine completa que o tio deu entrada no Hospital da Cassems às 18h e até 21h30 ele ainda não havia sido encaminhado para o quarto de CTI. A justificativa que teria sido dada pelos funcionários é de que a família deveria aguardar o médico plantonista "desafogar" os atendimentos, para então encaminhar o idoso.

"Eu não foi sair daqui enquanto eles não colocarem o meu tio em um quarto adequado. Isso é um desrespeito, meu tio paga caro por esse plano, não é de graça, para chegarmos aqui e ter de enfrentar um descaso como esse", conclui.

Em nota, a Cassems informou que segue um protocolo de atendimento, mas admitiu que a unidade chegou a atender acima da capacidade nas últimas semanas.

"O paciente é recepcionado em uma estrutura de emergência e, então, é devidamente assistido pela equipe enquanto os trâmites da internação acontecem. Quando este processo é finalizado, é transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em segurança. Nas últimas semanas, os serviços de emergência em saúde do estado estão sobrecarregados. O Hospital Cassems Campo Grande comunica diariamente o fluxo de pacientes", diz o comunicado.

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