Rua sem drenagem em Terenos preocupa moradora em meio a surto de chikungunya
Moradora relata que há um ano convive com o mau cheiro e grande quantidade de água parada na Vila Ferreira
Rua sem bocas de lobo tem preocupado moradora em Terenos, especialmente diante do aumento de casos de dengue e chikungunya no município. Segundo o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), sobre a chikungunya, Terenos registra 54 casos prováveis da doença, e ocupa a 7ª posição entre as cidades com mais incidências da doença. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Moradora de Terenos, MS, está preocupada com água parada na rua onde mora, que não possui bocas de lobo, aumentando o risco de dengue e chikungunya, doenças que já preocupam o município. Abaixo-assinado foi feito por moradores para tentar solucionar o problema de escoamento da água pluvial. A prefeitura foi acionada e chegou a enviar agente de endemias e retroescavadeira para ajudar na limpeza, mas moradores pedem instalação de bocas de lobo.
A gerente administrativa Eliane Celestino Vidal Oliveira, de 32 anos, contou ao Campo Grande News que se mudou há um ano para a Rua Gregório Espigares Papemedes, na Vila Ferreira. Desde então, enfrenta problemas com água parada em frente às residências. Um abaixo-assinado chegou a ser feito para tentar solucionar o impasse.
Ela explica que a rua tem apenas duas quadras e é completamente reta, o que impede o escoamento da água pluvial. "São casas novas. Antes, não havia esse problema porque só existiam terrenos baldios aqui. Mas agora, a água está parando. A maioria dos moradores são idosos, gestantes e crianças. É muito perigoso por causa da dengue e da chikungunya", alertou.
Além do risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, o mau cheiro na via também preocupa. "Moro com minha mãe, que tem 70 anos, e tenho duas crianças, uma de 1 ano e outra de 2 anos. Imagina se um deles pega a doença? É perigoso, pode até levar à morte", afirmou. Ela relata ainda que muitos vizinhos lavam os quintais com água para remover fezes e urina de cachorros, o que acaba contribuindo para o acúmulo de água parada.
Eliane disse que solicitou uma vistoria pelo aplicativo da Prefeitura, e um agente de endemias chegou a aplicar veneno no local. No entanto, a chuva levou o produto embora rapidamente. "Também mandaram uma retroescavadeira para limpar, mas isso não resolve. É preciso instalar bocas de lobo para acabar com o problema", finalizou.
De acordo com a secretária de obras do município, Katiane de Lima Franco, Terenos enfrenta essa dificuldade. "Embora em alguns bairros, especialmente os loteamentos mais recentes, já tenham recebido intervenções, a infraestrutura de drenagem, de maneira geral, ainda necessita de melhorias significativas", afirmou em nota ao Campo Grande News.
Ainda conforme Katiane, a Prefeitura está desenvolvendo estudos para implementação de sistemas de drenagem que atendam toda a cidade, incluindo a Vila Ferreira, que é o maior bairro do município. "Trata-se de um trabalho de grande complexidade e custo elevado, o que demanda um planejamento cuidadoso e uma gestão financeira eficaz para sua execução", finalizou ela.
(*) Matéria editada às 15h01 para acréscimo de nota.
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