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Economia

“Famosa” nas redes sociais, banana lidera consumo e alta de preço

Viviane Oliveira | 04/05/2014 07:21
É intenso o movimento de caminhões, que chega no Ceasa para descarregar a banana, que vem do Estado de Santa Catarina. (Foto: Marcos Ermínio)
É intenso o movimento de caminhões, que chega no Ceasa para descarregar a banana, que vem do Estado de Santa Catarina. (Foto: Marcos Ermínio)

Nos últimos dias, o que mais se viu nas redes sociais foi foto de banana, depois do episódio de racismo no futebol, que terminou com o jogador Daniel Alves comendo a fruta jogada por um torcedor espanhol. O Campo Grande News foi ao mercado e constatou: somos todos comedores de banana e, neste ano, estamos pagando mais caro por ela em Campo Grande. A fruta é a campeã de consumo nas quitandas e supermercados.

Um dos proprietários de uma distribuidora de bananas no Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), Lucas Martinês dos Santos Pereira, 27 anos, explica que o preço da fruta aumentou desde julho do ano passado depois de uma onda de frio em Santa Catariana, um dos polos que mais produz da fruta no Brasil. De lá para cá, vem sofrendo oscilações.

Uma caixa da fruta que hoje é revendida por R$ 40, custava R$ 22 em dezembro do ano passado, depois da alta do meio do ano até novembro. O problema é que depois da geada veio a seca de janeiro e os preços dispararam novamente. A banana maçã, que varia muito de preço, também teve aumento considerável, de R$ 40 para R$ 60, um aumento de 50% nos preços.

“O que determina o valor é o clima e a lei da oferta e da procura”, diz Lucas, que trabalha no ramo há 5 anos. Na distribuidora da família dele, são comercializados cerca de 1.300 caixas por dia, de segunda a domingo.

Júlio diz que por conta do preço, a venda da fruta na quitanda diminuiu. (Foto: Marcos Ermínio)
Júlio diz que por conta do preço, a venda da fruta na quitanda diminuiu. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo custando mais caro, Cleonice não deixa de comprar a fruta. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo custando mais caro, Cleonice não deixa de comprar a fruta. (Foto: Marcos Ermínio)

Na saída para Cuiabá, o proprietário de uma quitanda, Júlio César Silva Corrêa, também reclama da alta no preço da fruta. “De R$ 2,50 foi para R$ 4 a dúzia. Os clientes reclamam, mas não tem como vender mais barato”, diz. Além das bananas nanica e maçã também são comercializadas a prata e a da terra.

De acordo com a pesquisa divulgada no mês passado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), houve elevação no preço da banana em 14 cidades, entre elas Campo Grande, com variação entre 35,54%.

Ainda conforme a pesquisa houve redução do volume da fruta no mercado, principalmente por causa do produto do norte de Santa Catariana, uma vez que o calor excessivo amadureceu a fruta mais cedo e boa parte amadureceu antes do tempo.

Mesmo assim, a banana ganha da laranja e é a fruta mais vendida no Estado. “Pelas minhas contas, Mato Grosso do Sul consome por dia cerca de 80 toneladas da fruta”, afirma o comerciante Ivan Lima, 38 anos, que está no ramo há 13 anos.

A banana está presente na mesa da maioria dos brasileiros. Não tem jeito, mesmo com o preço um pouco salgado para o bolso. Na residência da dona de casa, Cleonice Santos de Oliveira, 50 anos, não falta a fruta. “Aumentou muito o preço, mas não deixo de comprar por causa das crianças. A banana é rica em energia e potássio”, diz. Ela acrescenta ainda que com a fruta faz vitamina, bolos e tortas, além de comer junto com a comida.

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