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Economia

Agropecuária deve adotar cautela em 2012 contra crise financeira internacional

Fabiano Arruda | 22/12/2011 19:53
Eduardo Riedel, presidente da Famasul.
Eduardo Riedel, presidente da Famasul.

A agropecuária no Estado e em todo País deve dar passos cautelosos em 2012 diante da crise financeira na Europa, Estados Unidos e China, principais mercados e compradores de commodities agrícolas no Brasil.

Esta é a perspectiva do setor para o ano que vem, na opinião do presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel.

“A marolinha pode bater na nossa praia. Se a China, que crescia 9% ao ano, chegou a apenas 7,5%, isso certamente gera uma diminuição no poder de compra”, analisa Riedel, ponderando que a tendência é que precaução nos investimentos, busca por informação e mais atenção no gerenciamento do negócio.

Para Riedel, o ano de 2011 consolidou produtos da agropecuária de Mato Grosso do Sul. “A crescente industrialização estimulou a prestação de serviços, contratação de mão de obra e maior movimentação no comércio”, afirma, segundo informações da assessoria.

Na opinião do presidente da Famasul, mesmo com os prejuízos registrados no começo do ano por conta do excesso de chuvas, que abalou a expectativa sobre a safra de grãos, o Estado conquistou resultados expressivos e tem se destacado em segmentos como o sucroenergético e na silvicultura.

Com as conquistas, Riedel considera que os principais desafios do mercado em MS está na agilidade nas decisões relativas à segurança jurídica das terras e maior no debate do Código Florestal.

Segundo ele, outra conquista relevante ocorreu na pecuária com a emissão de guias de trânsito animal por meio da internet, no entanto, criticou “problemas crônicos” encontrados pelos produtores rurais como o custo de produção, que, conforme Riedel, subiu consideravelmente.

“O produtor não conseguiu fazer mais investimentos porque não teve receita pra isso. A pecuária é uma atividade com retorno de longo prazo e por isso precisa de planejamento”, pontuou, ainda conforme informações da assessoria.

Para a CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil), a pecuária será a principal responsável pelo aumento do PIB (Produto Interno Bruto) do setor do agronegócio em 2012, que deve chegar a 7,6 segundo projeções do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Para garantir esse resultado, Riedel aponta o incentivo na recuperação de pastagem e cita iniciativas como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), desenvolvido a partir de 31 de janeiro de 2012, que entra na segunda fase com a realização dos cursos de capacitação para auxiliar o produtor na implementação de tecnologias que garantam eficiência em suas propriedades.

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