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Economia

Alta no álcool puxou ligeira inflação em setembro

Redação | 05/10/2009 10:50

A pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor, divulgada nesta segunda-feira pela Universidade Anhanguera-Uniderp, mostra que em setembro houve ligeira inflação no custo de vida do campo-grandense, de 0,16%. Altas em produtos do lar, como o botijão de gás, por exemplo e do álcool hidratado puxaram este índice.

"O grupo de Habitação foi o que mais contribuiu para aumentar a inflação em julho. O índice do grupo ficou em 0,79%", destaca o coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), professor Celso Correia de Souza. Neste grupo, destacam-se as altas nos preços dos seguintes itens: saponáceo, com aumento de 10,30%; gás em botijão, com 9,56%; e computador, com 6,88%.

"Vale ressaltar que os itens que mais contribuem não são, necessariamente, aqueles que apresentam maior variação. O que vai influenciar é o peso de cada um no orçamento mensal das famílias", explica o pesquisador do Nepes José Francisco. Portanto, o aumento no preço do gás de botijão, produto muito utilizado pelas famílias e que apresenta um peso significativo no orçamento familiar, fez com que esse produto ficasse no topo da lista dos dez que mais elevaram a inflação em setembro.

O índice do grupo de Transportes ficou em 0,31%, ocasionado, principalmente, pelo aumento no preço do álcool combustível, reajustado 1,86% em média. Outros itens apresentaram pequenos reajustes, como automóvel novo (0,06%) e pneu (0,04%). Já o grupo de Despesas Pessoais, apresentou elevação média de 0,13%. Destacaram-se com elevações de preços os seguintes produtos: absorvente higiênico 4,99%, sabonete 3,30%, hidratante 1,86%. O quarto grupo que apresentou variação positiva em setembro foi Educação, com aumento pequeno de 0,02%.

Pela quinta vez neste ano, o grupo Alimentação segurou a inflação. Segundo os pesquisadores do Nepes, a variação média do grupo ficou em -0,53%, deflação considerada moderada e que ajudou a segurar o IPC na Capital. Destacaram-se, com contribuições negativas para esse índice as fortes quedas nos preços dos produtos: melancia (-23,53%), manteiga (-12,62%), melão (-11,92%), cenoura (-10,86%), entre outros com menores quedas. "Entre os dez produtos que contribuíram para segurar a inflação em setembro, nos três primeiros lugares estão itens deste grupo. A queda de 7,37% no preço do leite pasteurizado colocou esse produto em primeiro lugar. Em seguida aparecem o feijão e a melancia, como os outros dois que ajudaram a segurar a inflação no mês passado", acrescenta Correia.

No subgrupo de Carnes, alguns cortes sofreram aumentos, outros ficaram com índices negativos. "Nos cortes de carne bovina, registramos queda nos preços do coxão-mole (-5,17%), músculo (-4,37%) e paleta (-1,47%), entre outros cortes com menores quedas. Quanto à carne suína, ocorreram quedas de preços em todos os cortes: bisteca (-6,33%), pernil (-4,07%) e costeleta (-3,94%). O frango congelado também apresentou deflação (-1,76%)", destaca José Francisco.

Outro grupo que registrou deflação em setembro foi Saúde (-0,25%). As principais quedas foram observadas nos preços do antimicótico e parasiticida (-3,90%), psicotrópico e anorexígeno (-1,84%), antiinflamatório e antireumático (-1,44%). O grupo Vestuário apresentou ligeira estabilidade de preços, registrando pequena queda de 0,01%. Os produtos que apresentaram quedas foram: sandália/chinelo feminino (-6,58%), tênis (-1,04%), bermuda e short feminino (-0,97%), entre outros.

A inflação acumulada na cidade de Campo Grande nos últimos 12 meses é de 4,02% e no ano de 2009 atinge 2,52%. No ano somente o grupo Transportes apresentou deflação em seu índice (-1,41%), os outros grupos apresentaram índices positivos, destacando-se os grupos Despesas Pessoais, com índice de 7,50%; Saúde, com 6,68% e Alimentação, com 3,65%. Nos últimos 12 meses todos os grupos apresentaram inflação, destacando-se os grupos Despesas Pessoais, com índice de 7,74%; Saúde, com 7,59% e Educação, com 5,46%.

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