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Economia

Alta no dólar é temporária e 'vai passar', afirma ex-ministro da Fazenda

Moeda norte-americana está beirando os R$ 4 e interferindo diretamente na vida da população

Ricardo Campos Jr. e Leonardo Rocha | 19/05/2018 11:51
Henrique Meirelles está em Campo Grande para participar de um evento do MDB (Foto: Leonardo Rocha)
Henrique Meirelles está em Campo Grande para participar de um evento do MDB (Foto: Leonardo Rocha)

A alta na cotação do dólar, que chegou a R$ 3,80 nesta semana, é temporária e faz parte da oscilação do mercado, na avaliação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que está em Campo Grande para participar de um evento do MDB.

Ele, que está se articulando para lançar candidatura à presidência da República, considera normal essa oscilação que reflete o momento da economia. “O Governo Federal está trabalhando e deve fazer algo a respeito, mas vai passar”, disse ao ser questionado pelo Campo Grande News sobre medidas que poderiam contornar o problema.

A intenção do partido, conforme o ex-ministro, é continuar a recuperar a economia. “O Brasil passou pela maior recessão da história, a economia caiu e o desemprego avançou, mas há algum tempo o país voltou a respirar”, pontua.

Interferência - Essa valorização da moeda norte-americana interfere tanto na sonhada viagem para a Disney quanto na simples compra de um pen drive no camelódromo. No caso dos roteiros internacionais, os pacotes principalmente para os Estados Unidos estão 20% mais caros em relação a essa mesma época do ano passado.

O economista Márcio Coutinho afirma que a alta do dólar reflete também no preço da gasolina.

“O Brasil tanto importa quanto exporta petróleo. Os grandes produtores mundiais resolveram reduzir a produção, como por exemplo a Venezuela e o Irã, este por conta de problemas econômicos com os Estados Unidos. Se falta produto no mercado e a demanda é grande, o preço internacional sobe e a Petrobras acaba repassando esse impacto para a gente”, afirma.

Mas existem outros produtos que são afetados pela alta na moeda norte-americana e que podem abranger parcelas maiores da população. “Todos os produtos que o Brasil está importando pode ter reflexo, como o trigo, que pode interferir no preço de massas, pão e produtos como macarrão”, pondera.

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