Atraso no plantio reflete no menor ritmo médio de colheita em 5 anos

O atraso no plantio do milho safrinha diante das condições climáticas desfavoráveis, e a consequente demora no desenvolvimento das plantas, tem feito com que o ritmo da colheita esteja 14,6 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos, segundo informações da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária).

Até o dia 17 de agosto, já haviam sido processados 66,3% do 1,7 milhão de hectares semeados no estado, o que corresponde a 1,1 milhão de hectares. Nesse mesmo período em 2017, a colheita havia sido finalizada em 79,2% da área plantada naquela época.

Na região norte, quatro municípios já encerraram os trabalhos: Alcinópolis, Coxim, Paraíso das Águas e Pedro Gomes. Em Chapadão do Sul e Sonora, a colheita alcança mais de 94% das plantações.

Já no centro, Terenos tem a colheita mais avançada, já perto dos 100%. Bandeirantes e Jaraguari já ultrapassaram a marca dos 80% e Campo Grande está dentro da média para a região, que é de 64,8%.

Na região sul, a média de conclusão dos trabalhos é de 56,8%. Ultrapassaram essa marca Caarapó, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Jateí, Juti, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina, Sete Quedas, Vicentina e Itaporã, este último se destaca como o mais avançado entre eles, com mais de 90% das lavouras processadas.

Em comparação aos dados da safra anterior estima-se, até o momento, redução da área plantada em aproximadamente 8,21%, passando de 1,8 milhão para 1,7 de milhão de hectares. Houve redução de 29,31% em relação à expectativa do volume de produção de grãos, que despencou de 9,8 milhões de toneladas para 6,936 milhões de toneladas.

A estiagem severa que atingiu os municípios produtores por um período longo foi uma das responsáveis por esse resultado.