Banco de desenvolvimento vai atuar em estados vizinhos
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução permitindo que os bancos de desenvolvimento estaduais atuem nos estados limítrofes à unidade da federação ou região onde estão instalados. Na prática, a medida permitirá, por exemplo, que o Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que atua em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, opere, mediante convênio, em Mato Grosso do Sul e São Paulo estados vizinhos ao Paraná. Atualmente, existem três bancos de desenvolvimento em atividade: o BRDE e os Bancos de Desenvolvimento de Minas Gerais e do Espírito Santo. Antes da resolução do CMN, tais instituições só podiam financiar programas e projetos nos seus respectivos estados. Em outra decisão, o CMN aprovou e encaminhou ao presidente da República proposta de decreto presidencial reconhecendo como de interesse do governo a participação estrangeira em até 49% do capital votante de bancos múltiplos a ser constituído pela Randon. A Randon é uma empresa de Caxias do Sul (RS) que atua nas áreas de implementos rodoviários, ferroviários, veículos especiais, autopeças, sistemas automotivos e serviços. O CMN aprovou ainda a participação estrangeira em até 100% no capital social da Topázio, empresa de crédito, financiamento, investimento e administradora do cartão Good Card. Após a publicação do decreto presidencial com a autorização, serão acolhidos os estudos para transformar a Topázio em banco múltiplo. O terceiro voto autorizando a participação estrangeira em instituições brasileiras permite à BNP Paribas, de origem francesa, participar em até 100% no Banco BGN e de sua controladora, a BGN Leasing Arrendamentos Mercantil de Recife. O BGN tem ativos totais de R$ 1,540 bilhão. Os sócios do BGN terão 0,27% das ações da instituição financeira francesa. O BGN é um banco múltiplo com carteira comercial e financeira.
