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Economia

Bancos renegociam quase R$ 1,5 bi da dívida de curto prazo de Eike

Francisco Júnior | 12/07/2013 10:47

Itaú e Bradesco renegociaram quase R$ 1,5 bilhão da dívida de curto prazo do grupo de Eike Batista.

De acordo com reportagem da Folha Online, os bancos aguardam que o empresário venda fatias de suas empresas para pagar os credores e querem evitar assumir perdas com o grupo, comprometendo lucro e capacidade de emprestar.

Itaú e Bradesco concordaram em estender o prazo da dívida apesar da queda no preço das ações e da dificuldade de obter garantias.

As negociações para a troca de garantias foram intensas desde junho, quando venciam R$ 804 milhões do estaleiro OSX e da MPX. As garantias reais do grupo podem não ser suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo, a Folha apurou. Até março de 2014, o OGX tem mais R$ 6,4 bilhões vencendo.

Ao todo, as dívidas somam R$ 23 bilhões. O Itaú BBA aceitou reescalonar o pagamento de R$ 515,5 milhões da OSX, que venceram em junho. Segundo a empresa, parte desse montante foi pago e o restante teve o prazo estendido. A empresa afirma que não tem nenhuma parcela em aberto.

A LLX, dona do porto do Açu (RJ), renegociou R$ 589 milhões com o Bradesco, que venceram em abril. A empresa afirma que os juros ficaram iguais, mas não revela se houve mudança nas garantias.Considerada mais saudável, a MPX rolou R$ 289 milhões com o Itaú BBA, que venceram em junho.

A MPX está fora do grupo X e é controlada pela E.ON, que pagaram R$ 1,5 bilhão por 24,5% das ações de Eike. Todas as dívidas da MPX que venciam até julho tiveram prazo estendido para dezembro.Os bancos deram mais tempo ao empresário na expectativa de que ele venda o restante das ações da MPX e também uma fatia (ou o controle) da mineradora MMX, que explora minério de ferro em Corumbá.No BNDES, a dívida com vencimento mais próximo é da OSX.

O estaleiro terá de pagar R$ 491 milhões em agosto. A LLX diz que está em "negociações avançadas" com o banco para rolar R$ 510 milhões que vencem em setembro. O BNDES não comenta.

O banco estatal aprovou R$ 10,4 bilhões em empréstimos ao grupo X, mas nem todo o valor foi liberado.Excluindo a parte que não foi desembolsada e os empréstimos para a MPX, que agora pertence aos alemães, o saldo é de R$ 2 bilhões, conforme apurou a Folha.

No governo federal, a avaliação é que um eventual calote do grupo traria um prejuízo inferior a R$ 2 bilhões porque 75% desses empréstimos têm fiança bancária. Hoje, não interessa a nenhum banco utilizar essas fianças nem impelir partes do grupo a buscarem recuperação judicial. As garantias podem ser requisitadas pela Justiça para pagar funcionários antes dos bancos. Itaú e Bradesco não comentaram. (As informações são da Folha Online)

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