ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Economia

Cesta básica sobe 6,54% em Campo Grande, maior alta entre capitais do País

Tomate e batata foram os vilões do mês de março entre os produtos da cesta básica, de acordo com levantamento do DIEESE

Rosana Siqueira | 30/03/2020 14:13
Custo do tomate avançou 58% e puxou alta na cesta básica na Capital (KIsie Ainõa)
Custo do tomate avançou 58% e puxou alta na cesta básica na Capital (KIsie Ainõa)

Mesmo com uma pesquisa menor realizada apenas até o dia 18 de março, Campo Grande registrou a maior alta na cesta básica do Brasil. A variação positiva ficou em 6,54%, a primeira entre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas Econômicas (DIEESE) em março. O levantamento apontou que na Capital a cesta teve custo de R$ 474,53 - um avanço de R$ 29,13 em relação ao valor desembolsado para aquisição dos alimentos no mês de Fevereiro.

De acordo com a economista chefe do DIEESE na Capital Andreia Ferreira, a alta nos preços normalmente ocorre em março, mas alguns produtos da cesta já estão sendo afetados pela questão da demanda provocada pelo efeito coronavírus.

 "A trajetória de alta na cesta é comum em março. Verificamos que sempre as majorações da cesta começam em outubro e vão até maio do ano seguinte. É a curva natural desta inflação em MS. No entanto alguns itens já tiveram aumento puxado pelo efeito coronavírus. Como o, a batata e o tomate", explicou.

Contudo em valores totais a cesta da capital morena posicionou-se como a 8ª mais acessível. Na comparação anual, o custo da cesta de março dos anos de 2019 e 2020, a variação foi de 6,04%. No terceiro mês do ano passado, a cesta básica para um trabalhador campograndense foi cotada a R$ 447,50 - R$ 27,03 mais barata em relação ao conjunto de alimentos que compõe a cesta em 2020.

Itens – Na lista de alimentos que compõem a cesta básica, o tomate foi o grande vilão com reajuste de 58,44%, seguido da batata (23,35%), banana (14,19%), arroz (8,48%), leite (7,10%), açúcar cristal (5,08%), farinha de trigo (1,65%), manteiga (1,08%), óleo de soja (0,93%) e carne bovina (0,24%). (confira a tabela abaixo)

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Depois da retração observada em fevereiro, em março o preço do café ficou estável, permanecendo o preço médio de 500 gramas do produto na casa dos R$ 7,09.  Baixaram de preços o Pãozinho francês (-2,34%) -, cujo preço médio passou de R$11,13 para R$ 10,87, e o Feijão carioquinha (-0,37%) – que passou de R$ 5,45 para R$ 5,43. Em 12 meses, Feijão (-34,02%) e Batata (-29,40%) apresentam as retrações mais expressivas.

 As altas foram observadas nos preços de Banana (23,23%) e Carne (21,23%). O preço médio destes itens em Março de 2020 foram de R$ 7,64 e R$ 25,30, respectivamente.

Famílias – Já a cesta familiar, que é destinada ao atendimento de uma família composta por dois adultos e duas crianças, teve o custo no terceiro mês de 2020 de R$ 1.423,59, um aumento de R$ 87,39 na comparação com os gastos realizados por uma família em fevereiro com alimentação básica. Comparando com mesmo mês do ano anterior, o aumento em 2020 foi de R$ 81,09, posto que a cesta familiar em 2019 teve custo total de R$ 1.342,50. O custo da cesta familiar apresentou uma equivalência de 1,36 vezes com o salário mínimo

Para este cálculo, foi considerado o salário mínimo corrigido, de R$ 1.045,00, que entrou em vigor em fevereiro. No mês que encerra o primeiro trimestre, os trabalhadores que recebem um salário mínimo experimentaram aumento na jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica. Foi preciso trabalhar 6 horas e 08 minutos a mais em relação à fevereiro, posto que a jornada foi de 99 horas e 54 minutos. Em relação aos preços, o quadro observado em março é praticamente o oposto do que foi notado em Fevereiro, pois foram observadas dez altas e duas baixas. Nos dois meses houve um produto para o qual não foi registrada variação.

Nos siga no Google Notícias