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Economia

Concorrência força “promoção-surpresa” nos postos de combustíveis

Viviane Oliveira | 24/04/2014 11:55
Concorrência faz postos de combustíveis diminuírem o valor. (Foto: Marcelo Victor)
Concorrência faz postos de combustíveis diminuírem o valor. (Foto: Marcelo Victor)

A concorrência entre os postos de combustíveis está forçando "promoções surpresa" na maioria dos estabelecimentos, em Campo Grande, o que faz com que, a cada parada para abastecer, o motorista encontre um preço diferente. Isso porque os donos de estabelecimentos não querem perder o cliente e acabam reduzindo os valores, conforme o comportamento da concorrência. Em alguns postos a diferença de um dia para outro chega a dezoito centavos, 6% a menos que no dia anterior.

Tudo depende de como está o valor na região de cada estabelecimento. Se o “vizinho” está com preço menor nas bombas de combustível, o valor do concorrente tende a diminuir também. Foi o que aconteceu com o estabelecimento que fica na Avenida Afonso Pena com a 13 de Maio, no Centro. O gerente de pista Militão Renovato explica que, mesmo tomando prejuízo, segundo ele, a opção melhor é a redução. Antes da Semana Santa, a gasolina custava no posto mais de R$ 3, agora, foi para R$ 2,889.

O valor menor dura até o concorrente acabar com a promoção, quando os preços voltam "ao normal". “O cliente acha que aumenta, mas na verdade voltamos a vender pelo preço, que hoje varia de R$ 3,012 a R$ 3,015”, argumenta.

A promoção "quarta-feira maluca" foi criada em uma rede de postos de combustíveis e vem tirando o sono de muito concorrente. “É obvio que quando vendemos a gasolina muito abaixo do preço, acabamos no prejuízo”, afirma Militão.

Quem percebe o aumento da gasolina e tenta sempre abastecer em um posto com o preço mais acessível é o advogado Raimundo Guerra, 62 anos. Ele trabalha com planejamento urbano viajando pelo estado, então o que economizar na gasolina é lucro no final do mês.

João Martelli diz que a diferença de preço é pequena e não compensa ficar procurando valor menor. (Foto: Marcelo Victor)
João Martelli diz que a diferença de preço é pequena e não compensa ficar procurando valor menor. (Foto: Marcelo Victor)

“Eu abasteço o tanque um dia sim e um dia não e sinto no bolso quando o preço está mais caro que o normal, ontem cheguei a pagar R$ 3,40 em um litro de gasolina próximo da cidade de Anaurilândia”, reclama.

O cirurgião dentista João Martelli não procura preços baixos. Para ele, a promoção é pequena e não compensa ficar procurando posto mais barato. “Se a diferença fosse pelo menos de R$ 1 ainda compensa, mas centavo não resolve”, afirma.

De acordo com o Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), cada posto tem um custo e alguns conseguem vender o combustível mais barato por conta da clientela maior, provocando a reação da concorrência.

Conforme a ANP (Agência Nacional de Petróleo), não existe uma tabela de preços e nem fixação de valores máximos e mínimos para a revenda de combustíveis e derivados do petróleo. Os estabelecimentos trabalham em regime de liberdade de preços.

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