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Economia

Custo da cesta básica volta a subir em Campo Grande e chega a R$ 779,56

Capital sul-mato-grossense apresenta aumento de 0,92% no acumulado dos últimos 12 meses

Por Gabriel Neris | 09/12/2025 09:51
Custo da cesta básica volta a subir em Campo Grande e chega a R$ 779,56
Tomate em setor de hortifruti de supermercado (Foto: Marcos Maluf)

O valor da cesta básica em Campo Grande registrou leve alta em novembro, subindo 0,29% em relação a outubro e alcançando R$ 779,56. O movimento vai na contramão da maioria das capitais, já que 24 das 27 cidades pesquisadas pela sigla Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) tiveram queda no mesmo período.

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O custo da cesta básica em Campo Grande registrou aumento de 0,29% em novembro, atingindo R$ 779,56, contrariando a tendência de queda observada em 24 das 27 capitais pesquisadas pela Conab e pelo Dieese. No acumulado de 12 meses, a capital sul-mato-grossense apresenta alta de 0,92%. A composição dos preços mostrou variações significativas, com seis itens apresentando aumento, destacando-se a banana (6,34%) e o óleo de soja (4,8%). O tomate liderou as quedas com redução de 11,54%. Para adquirir a cesta básica, um trabalhador que recebe salário mínimo precisou dedicar 112 horas e 59 minutos de trabalho.

No acumulado dos últimos 12 meses, a capital sul-mato-grossense apresenta aumento de 0,92%, enquanto o acumulado do ano indica alta de 1,20%.

A composição dos preços mostra um mês de contrastes. Seis dos 13 itens da cesta ficaram mais caros, com destaque para a banana, que avançou 6,34%, e o óleo de soja, que subiu 4,8%. Batata, manteiga, carne bovina de primeira e açúcar cristal também registraram aumentos. Em sentido oposto, seis produtos ficaram mais baratos, puxados pelo tomate, que despencou 11,54%. Café em pó, arroz, leite integral, pão francês e feijão também tiveram recuo, enquanto a farinha de trigo permaneceu estável.

Custo da cesta básica volta a subir em Campo Grande e chega a R$ 779,56
Tabela de preços médios divulgados pelo Dieese e Conab (Arte: Divulgação)

Quando se observa o comportamento ao longo de 12 meses, o cenário fica ainda mais nítido. Alguns itens dispararam, como café em pó, com alta de 51,58%, e óleo de soja, com 13,89%. Ao mesmo tempo, produtos essenciais ficaram bem mais baratos, caso da batata, que caiu 52,45%, e do arroz, com redução de 35,68%. Essa combinação explica por que o custo geral manteve trajetória de leve alta, mesmo com reduções expressivas em itens importantes.

No peso final sobre o bolso do trabalhador, o impacto permanece elevado. Em novembro, quem recebe salário mínimo precisou trabalhar 112 horas e 59 minutos para adquirir a cesta básica, ligeiramente acima do tempo registrado em outubro. A compra do conjunto de alimentos consumiu 55,52% da renda líquida, percentual ainda alto, mas menor que o observado no ano anterior, quando ultrapassava 59%.