Dólar fecha estável em R$ 5,54, mas registra alta semanal de 2,26%
Mercado financeiro brasileiro sofre impacto com tarifas de Trump sobre produtos nacionais

O dólar comercial encerrou a semana cotado a R$ 5,54, com uma leve alta de 0,1%, após oscilar durante o pregão desta sexta-feira (11). Na maior parte da manhã, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,58, mas perdeu força no período da tarde, quando investidores aproveitaram a alta recente para realizar lucros.
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Mesmo com a leve oscilação, o dólar acumula uma alta de 2,26% na semana. Em julho, o avanço foi de 2,1%, mas o câmbio ainda registra uma queda de 10,23% no ano.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também teve uma semana difícil. O índice recuou 0,42% nesta sexta-feira, fechando aos 136.171 pontos. Essa marca representa a quinta queda consecutiva do mercado de ações, que não registrava uma sequência negativa tão prolongada desde dezembro de 2022.
No acumulado da semana, o índice perdeu 3,59%, pressionado principalmente por ações de grandes exportadoras brasileiras, como Embraer, Suzano e Tupy.
O cenário de perdas no mercado financeiro continua sendo impactado pelas recentes movimentações comerciais globais, com destaque para as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano).
Desde o anúncio de um tarifário de 50% sobre produtos brasileiros, os investidores têm reagido com cautela, temendo os efeitos econômicos dessa medida. Além disso, a decisão de Trump de aplicar tarifas sobre o Canadá e a possível taxação de produtos europeus indicam que o mercado está diante de uma série de incertezas comerciais.
O reflexo do novo "tarifaço" de Trump tem afetado especialmente os setores de petróleo, aço, café e carne, que lideram as exportações do Brasil para os Estados Unidos. A Embraer, por exemplo, que tem 23,8% de sua receita oriunda de exportações para os EUA, também foi negativamente impactada. A alta do dólar, consequência da tarifa, pode também afetar a inflação no Brasil, gerando novos desafios econômicos para o governo.
No plano político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou contra as tarifas de Trump, afirmando que o Brasil não aceitará ser "tutelado" por ninguém e que a medida será respondida com a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica.
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