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Economia

Dólar fecha estável em R$ 5,54, mas registra alta semanal de 2,26%

Mercado financeiro brasileiro sofre impacto com tarifas de Trump sobre produtos nacionais

Por Gustavo Bonotto | 11/07/2025 20:30
Dólar fecha estável em R$ 5,54, mas registra alta semanal de 2,26%
Cédulas do dólar, moeda estrangeira utilizada para transações comerciais no mercado financeiro. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial encerrou a semana cotado a R$ 5,54, com uma leve alta de 0,1%, após oscilar durante o pregão desta sexta-feira (11). Na maior parte da manhã, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,58, mas perdeu força no período da tarde, quando investidores aproveitaram a alta recente para realizar lucros.

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Dólar fecha a R$ 5,54 com leve alta, mas acumula valorização semanal. A moeda americana oscilou ao longo da sexta-feira, chegando a R$ 5,58, mas recuou com investidores realizando lucros. Apesar da leve alta diária, o dólar subiu 2,26% na semana e 2,1% em julho, embora acumule queda de 10,23% no ano.Ibovespa registra quinta queda consecutiva, pressionado por exportadoras. O principal índice da bolsa brasileira fechou em 136.171 pontos, com queda de 0,42% na sexta-feira e 3,59% na semana. Ações de empresas como Embraer, Suzano e Tupy contribuíram para o recuo, refletindo as incertezas geradas pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A medida afeta setores importantes da economia brasileira e pode impactar a inflação. O presidente Lula se manifestou contra as tarifas e prometeu retaliar utilizando a Lei de Reciprocidade Econômica.

Mesmo com a leve oscilação, o dólar acumula uma alta de 2,26% na semana. Em julho, o avanço foi de 2,1%, mas o câmbio ainda registra uma queda de 10,23% no ano.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também teve uma semana difícil. O índice recuou 0,42% nesta sexta-feira, fechando aos 136.171 pontos. Essa marca representa a quinta queda consecutiva do mercado de ações, que não registrava uma sequência negativa tão prolongada desde dezembro de 2022.

No acumulado da semana, o índice perdeu 3,59%, pressionado principalmente por ações de grandes exportadoras brasileiras, como Embraer, Suzano e Tupy.

O cenário de perdas no mercado financeiro continua sendo impactado pelas recentes movimentações comerciais globais, com destaque para as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano).

Desde o anúncio de um tarifário de 50% sobre produtos brasileiros, os investidores têm reagido com cautela, temendo os efeitos econômicos dessa medida. Além disso, a decisão de Trump de aplicar tarifas sobre o Canadá e a possível taxação de produtos europeus indicam que o mercado está diante de uma série de incertezas comerciais.

O reflexo do novo "tarifaço" de Trump tem afetado especialmente os setores de petróleo, aço, café e carne, que lideram as exportações do Brasil para os Estados Unidos. A Embraer, por exemplo, que tem 23,8% de sua receita oriunda de exportações para os EUA, também foi negativamente impactada. A alta do dólar, consequência da tarifa, pode também afetar a inflação no Brasil, gerando novos desafios econômicos para o governo.

No plano político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou contra as tarifas de Trump, afirmando que o Brasil não aceitará ser "tutelado" por ninguém e que a medida será respondida com a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica.

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