ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
DEZEMBRO, TERÇA  30    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Dólar fecha último pregão de 2025 abaixo de R$ 5,50 e bolsa sobe 30%

Moeda caiu 1,47% nesta terça (30), enquanto Ibovespa encerrou o ano em alta histórica

Por Gustavo Bonotto | 30/12/2025 19:15
Dólar fecha último pregão de 2025 abaixo de R$ 5,50 e bolsa sobe 30%
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar fechou em queda de 1,47% nesta terça-feira (30), no último pregão de 2025, ao ser cotado a R$ 5,48, enquanto o Ibovespa subiu 0,40%, aos 161.125 pontos,. O movimento ocorreu em um dia de baixa liquidez, típico do fim de ano, com investidores atentos a dados econômicos e sinais da política monetária dos Estados Unidos.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O dólar encerrou o último pregão de 2025 cotado a R$ 5,4887, registrando queda de 1,47%, enquanto o Ibovespa avançou 0,40%, atingindo 161.125 pontos na B3. A moeda americana acumulou recuo de 11,18% no ano, seu pior desempenho em uma década, influenciada pela expectativa de cortes nos juros pelo Federal Reserve. O mercado brasileiro foi impactado por dados positivos do emprego, com taxa de desemprego em 5,2%, menor nível desde 2012. O Ibovespa encerrou 2025 com valorização de 33,95%, maior ganho anual desde 2016, mesmo com juros brasileiros no patamar mais elevado em 20 anos.

Com o resultado, o dólar acumulou recuo de 11,18% em 2025, no pior desempenho anual em quase uma década. A trajetória refletiu a expectativa de novos cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve), além de incertezas sobre o déficit fiscal dos Estados Unidos e a condução econômica do presidente Donald Trump (Republicano). Na véspera, a moeda havia subido 0,48% e fechado a R$ 5,5706.

O Ibovespa encerrou 2025 com valorização acumulada de 33,95%, no maior ganho anual desde 2016. O avanço ocorreu mesmo com os juros brasileiros no maior nível em 20 anos. O desempenho refletiu a expectativa de queda dos juros no Brasil e nos EUA, além da migração de investimentos para ativos nacionais.

No pregão desta terça, os investidores acompanharam a divulgação da ata da última reunião do Fed. O documento indicou que o corte de juros ocorreu após debates sobre riscos à economia norte-americana. A maioria dos dirigentes apoiou a redução para sustentar o mercado de trabalho, apesar da preocupação com a inflação acima da meta de 2%.

No Brasil, o foco recaiu sobre os dados do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desemprego caiu para 5,2% em novembro, o menor nível da série iniciada em 2012. O país também registrou recorde de pessoas ocupadas e de trabalhadores com carteira assinada.

O Ministério do Trabalho informou a criação de 85,9 mil vagas formais em novembro, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número representou queda de 19,1% em relação ao mesmo mês de 2024. O mercado também reagiu ao déficit de R$ 20,2 bilhões do governo central em novembro, acima do esperado.

No exterior, as bolsas dos Estados Unidos fecharam em queda pelo terceiro dia seguido, pressionadas por ações de tecnologia. O Dow Jones caiu 0,20%, o S&P 500 recuou 0,14% e o Nasdaq perdeu 0,24%. As perdas refletiram preocupações com excesso de investimentos em inteligência artificial.

Na Europa, o índice STOXX 600 subiu 0,6% e renovou recorde de fechamento.