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Economia

Exportação de industrializados cai 30% em MS; pior resultado em 5 anos

Liana Feitosa | 13/11/2015 08:55
Em relação aos 10 primeiros meses deste ano, os números de outubro representam queda de 24,5% se comparado com o mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação / Fiems)
Em relação aos 10 primeiros meses deste ano, os números de outubro representam queda de 24,5% se comparado com o mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação / Fiems)

O dólar alto não tem contribuído para receitas positivas em Mato Grosso do Sul, conforme números do levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de MS). O Estado registrou queda nas exportações dos industrializados em mais um mês e fechou outubro com US$ 237,4 milhões em vendas, o que representa 30,3% de queda nominal em relação ao mesmo mês de 2014, quando foram comercializados US$ 340,6 milhões.

Os números fazem de outubro de 2015 o pior resultado para o mês dos últimos cinco anos da série histórica da exportação de produtos industrializados.

Comparação - Em relação aos 10 primeiros meses deste ano, os números de outubro representam queda de 24,5% se comparado com o mesmo período do ano passado, recuando de US$ 3,14 bilhões para US$ 2,37 bilhões. No acumulado do ano, o volume de queda foi de 21,6%.

Os grupos que mais deixaram de vender para países estrangeiros de janeiro a outubro foram “Extrativo Mineral”, “Complexo Frigorífico”, “Papel e Celulose”, “Couros e Peles”, “Óleos Vegetais” e “Açúcar e etanol”.

No comparativo com o mesmo período de 2014, redução das receitas totalizou uma queda superior a US$ 772 milhões e só o grupo "Extrativo Mineral" recuou US$ 310 milhões. A queda nesse grupo representa queda de 66,1% no comparativo com igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 468,9 milhões. Ou seja, até o momento, em 2015, foram vendidos 3,6 milhões de toneladas, contra 5,9 milhões de toneladas nesse período em 2014.

Motivos - Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o minério de ferro influenciou no resultado negativo. “Houve queda de 53% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 39% no volume comercializado do produto. Em valores, o preço médio da tonelada caiu de US$ 71,9 em 2014 para US$ 33,7 em 2015", analisa.

O segundo grupo que registrou maior desaquecimento nas vendas foi “Couros e Peles”, com 37,7%. De janeiro a outubro de 2015 foram comercializados US$ 99,3 milhões e, no mesmo intervalo de 2014, as vendas foram de US$ 159,4 milhões.

“A redução verificada foi influenciada, basicamente, pela diminuição das compras efetuadas pela China, Itália, Hong Kong, Tailândia e Vietnã, que, somadas, proporcionaram receita inferior em US$ 48,3 milhões. Por fim, os principais compradores até o momento são China, Itália, Hong Kong e Vietnã”, explica Resende.

Carnes - No “Complexo Frigorífico”, terceiro colocado em diminuição de vendas, a receita de exportação dos primeiros 10 meses de 2015 foi de US$ 731,6 milhões, o que representa queda de 28,7% sobre igual período do ano anterior, quando a receita havia sido de US$ 1,03 bilhão.

“A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com maior peso para a Rússia, que sozinha foi responsável por uma redução superior a US$ 246 milhões”, detalha o coordenador.

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