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Economia

Governo negocia com a Bolívia fornecimento de gás a fábrica de fertilizantes

Obras da UFN3 tiveram início em 2011, mas travaram três anos depois

Gabriel Neris | 07/02/2018 17:56
Autoridades brasileiras e bolivianas se reuniram nesta semana (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)
Autoridades brasileiras e bolivianas se reuniram nesta semana (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

Reuniões de negociação foram realizadas nesta semana a respeito da UFN3, unidade de fertilizantes inicaida pela Petrobras em Três Lagoas – a 338 km de Campo Grande, e que já teve a venda sinalizada pela estatal. De acordo com o governo do Estado, os representantes bolivianos concordam com a assinatura de um termo de confidencialidade e um memorando de entendimentos que envolvem os preços do gás natural e comercialização da ureia.

O diretor-presidente da MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul), Rudel Trindade, afirma que durante o encontro foram debatidos delhates sobre o fornecimento de gás natural para viabilizar o funcionamento do empreendimento. "Tivemos longas e minuciosas conversas sobre a proposta de empresas interessadas em solicitar o fornecimento de gás natural para a UFN3, a partir de 2021. E o principal, a Bolívia não se opôs ao fornecimento demandado", disse.

"Esse encontro teve uma particularidade, que foi uma preocupação demonstrada pela Bolívia em relação a uma possível competição de ureia no mercado de Mato Grosso do Sul, uma vez que os bolivianos já estão em negociação para exportar mais ureia para nosso país e que ampliaram a produção com a unidade de fertilizantes de Bulo Bulo. Diante disso, ficou evidente que há a intenção da parte deles em uma associação com possíveis compradores das unidades de fertilizantes", completou o diretor-presidente da MSGás.

As obras da UFN3 foram iniciadas em 2011, mas travaram três anos depois e receberam investimentos de R$ 4 bilhões. O empreendimento foi colocado à venda em setembro do ano passado, com 81% executado. A usina pretende usar o gás natural como fonte de energia, com um consumo de 2,2 milhões metros cúbicos por dia.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou que o avanço nas negociações com a Bolívia é resultado da boa relação entre as partes. "Além do gás natural ser vital para Mato Grosso do Sul, é de nosso grande interesse viabilizar da UFN3, que sem dúvida irá trazer um grande crescimento econômico para o Estado. Progredir nessas negociações só demonstra o bom relacionamento que temos com os nossos vizinhos, e que estamos no caminho para fortalecer ainda mais esse vínculo que vai render bons frutos em um futuro próximo", disse.

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