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Economia

Indústria pede prorrogação de desconto de 78% na energia

Redação | 03/09/2009 13:41

Uma reunião em Brasília, realizada nesta quinta-feira, buscou uma alternativa para manter a energia 78% mais barata para 500 indústrias de Mato Grosso do Sul. O programa Energia Extra, que termina no dia 15 deste mês.

Em reunião com o diretor de regulação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, e o senador Delcídio do Amaral (PT) pediram a prorrogação do desconto até a apresentação de uma alternativa.

O Energia Extra permite o desconto no pagamento do quilowatt hora, que sai a R$ 0,35 para a indústria no horário de pico, das 17h30 às 20h30. Sem o desconto, 500 empresas pagam R$ 1,60.

Ficou deliberado que a Enersul protocole amanhã ofício junto à agência reguladora para pedir uma solução temporária de continuidade do Energia Extra após o fim do prazo estabelecido no acordo com as indústrias.

O presidente da Fiems destaca que a Aneel precisa encontrar uma solução para as 500 empresas que se beneficiam do Energia Extra, pois 300 dessas indústrias já estão com dificuldades. "Não podemos deixar que elas migrem para o uso de geradores movidos a óleo diesel, que é considera uma energia suja, preterindo a energia fornecida pela concessionária, que é uma energia limpar provenientes das hidrelétricas", ressaltou, reforçando que o uso de geradores a óleo diesel é inadequado e também vai impedir que a Enersul deixe de ganhar com a comercialização dessa energia.

Para o diretor de regulação da Aneel, a manutenção do Energia Extra é um processo que envolve outros Estados e, portanto, a decisão terá de ser tomada pelo colegiado da agência reguladora. "Eu estou relatando esse assunto e a questão será encaminhada para a regulamentação no âmbito desse colegiado da Aneel. Infelizmente, ainda não temos um prazo para que isso aconteça, mas a solução para Mato Grosso do Sul será adotada também para os outros Estados, pois não teremos ações diferenciadas", explicou Rufino.

Amaral lembrou o esforço conjunto da Enersul e Fiems para a manutenção do Energia Extra e reconheceu a dificuldade do setor industrial em produzir no horário de pico caso o Programa seja suspenso. "O dia 15 de setembro não pode ser uma data limite para as indústrias do Estado, não há mais o que negociar, precisamos de uma solução e esperamos que a Enersul consiga essa autorização da Aneel, dando mais um fôlego as nossas empresas", declarou.

Ele informou que pretende apresentar no Senado Federal um projeto de lei que permite ao consumidor industrial possa migrar para a categoria de consumidor livre. "Na prática, essa possibilidade permitirá aos grandes consumidores possam adquirir energia elétrica no mercado nacional a custo mais barato, deixando de depender das concessionárias de energia", explicou o parlamentar

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