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Economia

Indústrias investem na educação profissional, mudam vidas e consolidam nova era em Mato Grosso do Sul

João Humberto e Paulo Fernandes, especial para o Campo Grande News | 29/03/2012 10:15

Cenário da industrialização é promissor no Estado. Setor tem apostado na qualificação dos funcionários

Ana Paula fez curso de Técnico em Celulose bancado pela Fibria e hoje é controladora de processo na indústria. (Fotos: Giuliano Lopes)
Ana Paula fez curso de Técnico em Celulose bancado pela Fibria e hoje é controladora de processo na indústria. (Fotos: Giuliano Lopes)

Ao falar sobre o papel decisivo da indústria em sua vida, Ana Paula Sakai Barros, de 24 anos, não esconde a satisfação. “A indústria tem me proporcionado inúmeras oportunidades de crescimento e garantiu que eu me especializasse e me qualificasse”. Ela é controladora de processo no laboratório da Fibria em Três Lagoas, município distante 330 km de Campo Grande, e junto com outras 249 pessoas se qualificou no curso de Técnico em Celulose oferecido pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), garantindo sua entrada na marcha da indústria de celulose.

Graduada em Matemática, Ana Paula conta que se não fosse a indústria, provavelmente estaria dando aula em alguma escola e ganhando um salário bastante inferior ao que recebe atualmente. Ela está há mais de três anos na Fibria. “Tenho um salário muito bom e possibilidade de crescimento. Faço Mestrado em Engenharia Elétrica na Unesp [Universidade Estadual Paulista] e a empresa me apoia, inclusive oferecendo bolsas para cursos”.

Responsável pela qualidade e controle do processo por meio de análises laboratoriais, a técnica viu uma grande oportunidade na implantação da Fibria em Três Lagoas. Foi informada de que a indústria ofereceria, alem da mão de obra à população local, um curso técnico com possibilidade de contratação após o término. Participou da seleção e acabou escolhida.

“Não havia no Estado essa procura por qualificação da mão de obra, que hoje é exigida em praticamente todas as indústrias. Isso faz com que várias pessoas busquem melhoria de vida através da capacitação e educação profissional voltadas à indústria para conquistar oportunidades. As próprias empresas estão oportunizando seus funcionários a se qualificar por meio de cursos técnicos”, complementa Ana Paula.

Daniel é operador de máquina na Fibria e diz que a indústria lhe propiciou oportunidades por meio de treinamentos e cursos.
Daniel é operador de máquina na Fibria e diz que a indústria lhe propiciou oportunidades por meio de treinamentos e cursos.

Formado em Engenharia de Produção, Daniel Stoque Medeiros, 28 anos, operador de área na Fibria, encara a qualificação profissional como uma chance de progredir cada vez mais na indústria. Prestes a cursar uma pós-graduação na área de produtividade industrial, o rapaz já cogita um mestrado. Ele está 11 meses em Três Lagoas. Antes, Daniel trabalhava na unidade em Luiz Antônio (SP), na época em que era da Votorantim (hoje é da International Paper).

Para ingressar na indústria, Daniel cursou Técnico em Mecânica e entrou na Votorantim como estagiário. Ele diz que, na Fibria, se desenvolveu muito profissionalmente, já que a fábrica lhe propicia oportunidades por meio de treinamentos e cursos. “Gosto de trabalhar na área industrial, principalmente no setor da produção. Pretendo continuar investindo neste segmento. Meu foco agora está em Mato Grosso do Sul”.

Divisor de águas – A Fibria foi um divisor de águas no processo da industrialização de Três Lagoas, projetando Mato Grosso do Sul nacional e internacionalmente no setor de papel e celulose. Renato Otoni, gerente geral da indústria, frisa que o empreendimento foi implantado na cidade sul-mato-grossense a partir de um projeto de instalação da fábrica que hoje é a IP (International Paper). Em março de 2009, a Fibria começou a linha de fabricação de celulose e há quatro anos vem operando num processo de evolução.

Quando estava na fase de implantação, a Fibria qualificou cerca de duas mil pessoas por meio de parceria com o Senai local e outras entidades de ensino. Foram oferecidos treinamentos nas especialidades civil, elétrica, mecânica e instrumentação.

Depois dessa etapa, começou o processo de seleção dos funcionários efetivos. “Cerca de 200 profissionais foram selecionados no mercado com experiência e embasamento técnico para no mínimo dez anos de atividades voltadas à linha de fabricação de celulose. Essas pessoas se juntaram a outras 250 e foram treinadas no curso de Técnico em Papel e Celulose”.

Por meio do projeto da fábrica, foi determinado um nível de qualificação do mercado local para algumas empresas, tanto que em janeiro deste ano a Fibria entregou o Prêmio de Participação do Fornecedor a 35 empresas, sendo 17 de requerimento avançado. “Isso marca uma nova rota do crescimento da comunidade, pois exige uma profissionalização cada vez mais forte dos fornecedores locais”, destaca Otoni.

A Fibria é formada por 3.600 profissionais. O setor da celulose é o maior polo em franco desenvolvimento no país e a indústria em Mato Grosso do Sul pode se tornar o maior do mundo, enfatiza Otoni. Ele conta que a unidade de Três Lagoas tem o desafio de produzir 3,8 mil toneladas por dia para que cumpra a meta anual neste ano.

Gerente geral da Fibria, Renato Otoni mostra a primeira folha de celulose produzida, em 2009, e a folha assinada por autoridades na inauguração da fábrica, em 2010. Ele aposta na qualificação dos funcionários.
Gerente geral da Fibria, Renato Otoni mostra a primeira folha de celulose produzida, em 2009, e a folha assinada por autoridades na inauguração da fábrica, em 2010. Ele aposta na qualificação dos funcionários.

Quando se pensa em linha fabril de celulose, a unidade de Três Lagoas é a maior fabricante do mundo em uma única linha de produção. Sua capacidade é de 1,3 milhão de tonelada de celulose por ano. O material produzido na indústria sul-mato-grossense é exportado para a Europa (40%), América do Norte (30%) e Ásia (20%). Os 10% restantes vão para os mercados pequenos.

Como uma das exigências da prefeitura de Três Lagoas para a instalação das indústrias no município era de que pelo menos 60% da mão de obra fosse local, muitas pessoas que moravam na cidade e presenciaram a industrialização acelerada passaram a se qualificar por meio de cursos profissionalizantes. Nesse processo, o Senai e o Sesi (Serviço Social da Indústria) foram essenciais, assim como o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), que ofereceu cursos a mais de 500 jovens.

Alcides Junior de Oliveira, gerente geral da IP (International Paper), diz que na indústria há plano de carreira e sistema de bolsas de estudos para cursos universitários e de idiomas.
Alcides Junior de Oliveira, gerente geral da IP (International Paper), diz que na indústria há plano de carreira e sistema de bolsas de estudos para cursos universitários e de idiomas.

Mão de obra local – Na International Paper em Três Lagoas é aproveitado o máximo possível da mão de obra local, de acordo com o gerente geral Alcides Junior de Oliveira. Cerca de 200 funcionários trabalham na indústria, sendo 2/3 da região e 1/3 de outras unidades da fábrica de papel. Só a unidade de Mato Grosso do Sul produziu 223 mil toneladas de papel branco em 2011. No entanto, juntas elas produzem 1 milhão de tonelada/ano.

Em parceria com o Senai, a IP também criou um curso de Papel e Celulose e promoveu um de Serviços Básicos de Manutenção. “Já fizemos parceria com IEL [Instituto Euvaldo Lodi] e Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]. Além disso, temos plano de carreira e sistema de bolsa de estudos para universidades e cursos de idiomas”, reforça Alcides.

Aluno do curso de Técnico em Papel e Celulose, o biólogo Alexandre Belgara Teixeira hoje é técnico de produção no laboratório da IP em Três Lagoas. “Sou nascido em Aquidauana e vim conhecer a cidade por causa de uma namorada. Hoje, estamos casados e temos uma filha. Na indústria, comecei como ajudante prático e após oito meses passei para técnico de qualidade. Dois anos depois já era técnico de produção. O salário quase triplicou desde que entrei aqui”.

Técnico de produção no laboratório da IP, Alexandre conta que seu salário triplicou na indústria.
Técnico de produção no laboratório da IP, Alexandre conta que seu salário triplicou na indústria.
Jorge entrou na fábrica como estagiário, foi preparador e primeiro assistente. Agora é operador de treinamento.
Jorge entrou na fábrica como estagiário, foi preparador e primeiro assistente. Agora é operador de treinamento.

Jorge Ferreira de Camargo, que trabalha como operador de treinamento na IP, fez um curso técnico e entrou como estagiário na fábrica de Luiz Antônio. “De lá até aqui eu já fui preparador de massa e primeiro assistente”. Em 2007, foi convidado a se mudar para Três Lagoas, onde acompanhou a instalação da unidade. “Até o sonho de conquistar a casa própria eu realizei”, diz.

Sonho da casa própria – A IP e a Fibria constroem casas no Jardim dos Ipês para oferecer aos funcionários a preços abaixo do mercado e com ótimas opções de parcelamento. Os valores oscilam entre R$ 80 mil e R$ 90 mil. Os terrenos têm de 380 m² a 450 m² e a área construída varia de 80 m² a pouco mais de 100 m², com asfalto e iluminação disponíveis em frente às residências. Após a compra os funcionários têm a opção de continuar morando nos imóveis ou vendê-los e ficar com o dinheiro.

O coordenador de máquina Claudinei Aparecido de Souza, 39 anos, preferiu comprar a casa para morar. Há três anos na indústria de papel, mora numa residência de 80 m², com a esposa e os três filhos.

Graças à indústria, Claudinei conseguiu comprar a casa própria de 80 m², onde mora com a mulher e os três filhos.
Graças à indústria, Claudinei conseguiu comprar a casa própria de 80 m², onde mora com a mulher e os três filhos.

“Trabalhei 17 anos na Votorantim [hoje Fibria] em Luiz Antônio, até participar de um processo interno para vir a Três Lagoas. Depois de algum tempo fui contratado pela IP e vi grande parte dos meus sonhos se transformar em realidade como esta casa. A empresa também oferece viagens à minha cidade natal, um programa de educação aos meus filhos e convênio médico”, ressalta Claudinei, que começou trabalhando como primeiro assistente de máquina até chegar ao cargo atual.

Em operação desde 2009, a IP em Três Lagoas foi a primeira fábrica construída pela International Paper fora dos Estados Unidos. Ela tem capacidade de produção de 200 mil toneladas de papel/ano. Com todo o sistema automatizado, a indústria produz 140 resmas por minuto.

Em Aparecida – Distante 140 km de Três Lagoas e 448 km de Campo Grande, o município de Aparecida do Taboado também vivencia uma nova era graças à industrialização. As indústrias empregam aproximadamente 5.300 trabalhadores, sendo 80% da mão de obra local. “Há 14 anos tem sido constante a instalação de fábricas no município, mas de cinco anos para cá é que, de fato, ocorreu o boom industrial”, revela o prefeito André Alves Ferreira.

Com taxa de desemprego em 3%, segundo dados do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados), o município enfrenta um novo desafio: a qualificação da mão de obra. E a demanda é grande, pois o parque industrial da cidade é bastante diversificado. Desde a implantação do projeto de industrialização, em 2003, até agora, já foram investidos na cidade quase R$ 22 milhões pelas indústrias.

Silvio trabalha há um ano e oito meses no setor de corte e vinco da Pais & Filhos. Trabalhar na indústria significou mudança de vida.
Silvio trabalha há um ano e oito meses no setor de corte e vinco da Pais & Filhos. Trabalhar na indústria significou mudança de vida.

Sócio proprietário das indústrias Pais & Filhos (brinquedos) e Gala (embalagens) e presidente da AIAT (Associação Industrial de Aparecida do Taboado), Fabrício Latucci vê na implantação do Centro Integrado Sesi-Senai a solução para a qualificação profissional no município. O CISS conta com investimentos na ordem de R$ 10 milhões - sendo R$ 6,8 milhões apenas na infraestrutura.

A Pais & Filhos emprega 245 funcionários, já a Gala dá oportunidade de trabalho a 180 pessoas. “O desafio das indústrias em Aparecida do Taboado está sendo colocar na cabeça das pessoas que elas precisam se preparar, pois todas querem ganhar bem, mas poucas se esforçam para isso”, comenta Fabrício.

Visando um crescimento na indústria, Silvio de Castro Silva, 35 anos, que trabalha há um ano e oito meses no setor de corte e vinco da Pais & Filhos, pretende se qualificar mais. “Trabalhar na indústria significou uma mudança de vida. Aqui na cidade só não trabalha quem não quer”, acrescenta.

Ele é uma exceção na Pais & Filhos. Não pela história de sucesso, muito parecida com a de centenas de outros funcionários em Aparecida do Taboado, mas por uma questão de gênero. Setenta por cento dos operários dessa indústria são do sexo feminino. A proporção entre homens e mulheres é a mesma na Gala.

Adriana é fiscal de brinquedos em indústria e pretende alcançar um cargo maior.
Adriana é fiscal de brinquedos em indústria e pretende alcançar um cargo maior.

Adriana Elias da Silva, 24 anos, trabalha com a fiscalização dos brinquedos, conferindo os pedidos antes de serem embalados e colocados nas caixas para distribuição. Ela entrou na indústria em 2006, mas saiu no ano passado e neste ano retornou. “Almejo alcançar um cargo maior, afinal, sempre há oportunidades na indústria”, frisa.

Benefícios – Cursos de qualificação profissional, alimentação, plano de saúde, prêmio de assiduidade e convênio com farmácia são benefícios oferecidos pela Dânica Termoindustrial aos funcionários. A indústria de divisórias isolantes emprega 263 pessoas em Aparecida do Taboado. E o número pode aumentar, conforme o coordenador administrativo Rubens Luis Bergmann, em virtude da aquisição de uma nova máquina contínua.

Pela experiência no ramo industrial, Fabrício trocou de indústria e hoje é encarregado na AMT.
Pela experiência no ramo industrial, Fabrício trocou de indústria e hoje é encarregado na AMT.

A mão de obra é quase 100% de aparecidenses na área de produção, segundo Bergmann. Já na área auxiliar, foi preciso que pessoas viessem de fora para ocupar as vagas. A implantação do CISS pode mudar esse quadro, acredita o coordenador.

O salário inicial pago pela Dânica é de R$ 721,00. Depois de dois anos, esse valor já sobe para mais de R$ 900,00. “É um estímulo que resulta numa satisfação de trabalho, pois a indústria dá valor ao funcionário e o ajuda com cursos como de idiomas. Eu mesmo quero fazer inglês”, conta Mathias de Freitas Rock, 28 anos, assistente de recursos humanos.

Disputa – Além de ser um diferencial no currículo, a qualificação e a experiência despertam o interesse de várias indústrias na contratação de um funcionário, como aconteceu com Fabrício Matos Rodrigues, 27 anos, encarregado na indústria AMT (sigla em inglês para Núcleo de Metal Amorfo), que produz transformadores de distribuição capazes de reduzir em 80% as perdas de energia elétrica. Os profissionais qualificados e experientes são disputados pelas grandes empresas.

Ex-funcionário da Dânica e terceiro funcionário contratado pela AMT, Fabrício tem em seu currículo a experiência e, almejando uma ascensão profissional, decidiu trocar de indústria. “Sem as indústrias haveria muito desemprego na cidade. Elas fortalecem a economia e investem no trabalhador”.

Atualmente, a AMT emprega 18 funcionários. Há uma estimativa, de acordo com Wagner José de Melo, diretor-superintendente, de que em dez anos a indústria passe de 2 mil m² para 10 mil m² e que sejam contratados ao menos 200 funcionários. “Nosso compromisso é trabalhar com a mão de obra local, que certamente estará qualificada”, afirma Wagner.

Entre 2007 e 2011, o Senai qualificou 70 mil pessoas em Mato Grosso do Sul, uma média de 23 mil qualificações anuais.
Entre 2007 e 2011, o Senai qualificou 70 mil pessoas em Mato Grosso do Sul, uma média de 23 mil qualificações anuais.

Qualificações – Entre 2007 e 2011 o Senai ofereceu cursos a 70 mil pessoas em Mato Grosso do Sul – uma média de 23 mil qualificações anuais –, segundo dados da Fiems (Federação das Indústrias de MS). Já o Sesi prestou 1,3 milhão de atendimentos ao setor industrial.

Conforme Sérgio Longen, presidente da Fiems, o Senai pretende formar 24 mil pessoas neste ano. Na Capital, o curso mais procurado é o de Técnico em Logística, enquanto no interior, os que recebem mais matrículas são: Técnico em Mineração (Corumbá), Técnico em Papel e Celulose (Três Lagoas), Técnico em Cerâmica (Rio Verde de Mato Grosso) e Técnico em Açúcar e Álcool (Dourados).

Nos últimos cinco anos, em Três Lagoas, o Senai formou 14.491 pessoas. A maioria (7.704) se qualificou em cursos como de Operador de Máquinas e Ferramentas Convencionais e Operador Siderúrgico. Cursos de habilitação profissional como Técnico em Papel e Celulose e Técnico em Segurança do Trabalho formaram 1.400 pessoas. Já os cursos de Boas Práticas de Fabricação, Metrologia e Eletricista de Manutenção, entre outros de aprendizagem e aperfeiçoamento profissional, capacitaram 5.387 industriários.

Em Aparecida do Taboado, no mesmo período, devido à ausência de uma unidade do Senai no município, foram oferecidos apenas cursos de qualificação como de Costureiro Industrial, Montador e Confeccionador de Calçados, sendo beneficiadas 1.250 pessoas.

Segundo a Fiems, os cursos de qualificação e habilitação profissional duram, em média, dois meses. Já os técnicos são semelhantes a uma faculdade e têm duração de dois anos. Os de aprendizagem industrial são voltados aos jovens e os de aperfeiçoamento são oferecidos a profissionais que querem se aperfeiçoar.

Previsão da Fiems é qualificar 24 mil pessoas neste ano nos diversos setores da indústria.
Previsão da Fiems é qualificar 24 mil pessoas neste ano nos diversos setores da indústria.

Agenda estratégica – A agenda estratégica definida em 2010 pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), por meio do documento “A Indústria e o Brasil - Uma agenda para Crescer Mais e Melhor”, assegura que a industrialização impõe novos desafios para as políticas públicas, como a necessidade de qualificação da mão de obra.

Para que esse potencial seja aproveitado é imprescindível intensificar os investimentos em educação e em qualificação profissional, de acordo com a agenda. Um país com foco industrial tem mais atributos ao crescimento econômico, como a demanda de formação de uma mão de obra qualificada, capaz de absorver e acompanhar as mudanças na tecnologia.

Mato Grosso do Sul vive uma nova era com o boom industrial. Seja em Três Lagoas, Aparecida do Taboado ou em outras cidades do Estado e do país, o cenário da industrialização é promissor. As indústrias estão se consolidando e investindo nos funcionários. Elas realizam sonhos e exercem papeis estratégicos e decisivos no caminho do desenvolvimento e do crescimento econômico. “Depois que entrei para a indústria, fica difícil imaginar minha vida trabalhando em outro setor. Estou realizada e quero permanecer aqui por muito tempo”, pontua Ana Paula.

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