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Interior

De Lagoa Suja a polo industrial, Aparecida do Taboado vai ganhar Centro Integrado para continuar crescendo

Paulo Fernandes e João Humberto, especial para o Campo Grande News | 23/03/2012 08:34

No valor de R$ 10 milhões, Centro Integrado Sesi-Senai é esperança para população do município embarcar no trem do desenvolvimento

Rei da indústria: ex-servente de pedreiro, Leão já teve seis promoções na fábrica de brinquedos e quer estudar para crescer ainda mais. (Fotos: Giuliano Lopes)
Rei da indústria: ex-servente de pedreiro, Leão já teve seis promoções na fábrica de brinquedos e quer estudar para crescer ainda mais. (Fotos: Giuliano Lopes)

Vanderlei Ribeiro dos Santos, o Leão, de 29 anos, é o exemplo de quem tem fome de progresso e sabe aproveitar as oportunidades. Ele foi servente de pedreiro por 12 anos até ter a chance de trabalhar em uma indústria, onde já teve seis promoções. Para dar oportunidade a trabalhadores como ele e atrair mais indústrias à região, Aparecida do Taboado (448 km de Campo Grande) foi escolhida para receber o CISS (Centro Integrado Sesi-Senai), com investimentos da ordem de R$ 10 milhões - sendo R$ 6,8 milhões apenas na infraestrutura.

A área de 50 mil m² na avenida Orlando Mascarenhas Pereira, no bairro Jardim Primavera, abrigará os cursos de formação profissional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e as ações de saúde, educação, cidadania e lazer do Sesi (Serviço Social da Indústria).

Localizada na região Leste de Mato Grosso do Sul, Aparecida do Taboado tem 22.305 habitantes, conforme o Censo de 2010, mas já desponta como o 4º município mais industrializado do Estado. Com cinco distritos industriais, em uma área total de 1,9 milhão de m², a cidade conta com 56 fábricas instaladas e outras nove em fase de implantação, mas depende da qualificação profissional para continuar crescendo.

Presidente da AIAT (Associação Industrial de Aparecida do Taboado), Fabrício Latucci Pereira de Souza acredita que o Centro Integrado Sesi-Senai possibilitará a ida de mais indústrias para Aparecida do Taboado.
Presidente da AIAT (Associação Industrial de Aparecida do Taboado), Fabrício Latucci Pereira de Souza acredita que o Centro Integrado Sesi-Senai possibilitará a ida de mais indústrias para Aparecida do Taboado.

Parte da mão de obra para trabalhar nas fábricas vem do interior de São Paulo. Só que enquanto os ônibus chegam com trabalhadores de Santa Fé do Sul, os aparecidenses esbarram na falta de qualificação profissional quando tentam progredir e chegar aos cargos de chefia.

Presidente da AIAT (Associação Industrial de Aparecida do Taboado) e proprietário das indústrias Pais & Filhos (de brinquedos) e Gala (embalagens), Fabrício Latucci Pereira de Souza é um entusiasta com relação à vinda do Centro Integrado Sesi-Senai. “A escola vai dar condições de virem mais indústrias para Aparecida do Taboado”, afirma.

Fabrício explica que resolveu instalar as indústrias na cidade sul-mato-grossense por causa da isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e, principalmente, devido à localização, na divisa com o Estado de São Paulo. “Oitenta por cento da nossa produção vai para São Paulo ou passa por lá”, diz.

Setenta por cento dos 245 funcionários da fábrica de brinquedos Pais & Filhos são mulheres.
Setenta por cento dos 245 funcionários da fábrica de brinquedos Pais & Filhos são mulheres.

As duas indústrias dele possuem faturamento anual de R$ 24 milhões (R$ 14 milhões na Pais & Filhos e R$ 10 milhões na Gala) e empregam 425 funcionários (245 na fábrica de brinquedos e 180 na de embalagens). E os números são cada vez melhores. Só a produção de embalagens saltou de 3.500 toneladas/mês em 2004 para 39 toneladas/mês no ano passado.

Futuro - Assistente de recursos humanos da Dânica Termoindustrial, Mathias de Freitas Rock, de 28 anos, conta que a vinda do Sesi-Senai é muito importante para dar oportunidade à população de Aparecida do Taboado. “O pessoal daqui comenta que não consegue cargo de líder, é só gente de fora que fica com essas vagas”.

Ele diz que a vinda das indústrias tem transformado o município. “É visível o crescimento da cidade nos últimos cinco anos. Tem muita gente construindo e ampliando os comércios. As indústrias trouxeram muito dinheiro para a economia”, afirma.

Companhia europeia e latino-americana que investe na comercialização, fabricação e montagem especializada de sistemas termoisolantes, a Dânica é uma das maiores indústrias de Aparecida do Taboado.

Com quatro anos de existência, a unidade emprega 263 funcionários, mas apenas uma pequena parcela é de aparecidenses. “A cidade é carente de pessoal especializado”, justifica o coordenador administrativo, Rubens Luis Bergmann.

A unidade mais importante da Dânica é a de Aparecida do Taboado, com faturamento de R$ 70 milhões por ano.
A unidade mais importante da Dânica é a de Aparecida do Taboado, com faturamento de R$ 70 milhões por ano.

A Dânica é líder absoluta na América Latina, produzindo mais de 3 milhões de m² de painéis e 25 mil portas termoisolantes por ano. A empresa já atendeu 250 obras simultaneamente. Ela tem fábricas em outras partes do país, no Chile e no México, mas a unidade mais importante é a de Aparecida do Taboado.

Unidade em Aparecida do Taboado produz 100 mil m² de divisórias por mês.
Unidade em Aparecida do Taboado produz 100 mil m² de divisórias por mês.

De acordo com Rubens, o faturamento de toda a Dânica foi de R$ 250 milhões em 2011 e a previsão para este ano é de R$ 300 milhões. Somente em Aparecida do Taboado, são R$ 70 milhões de faturamento por ano.

Em Mato Grosso do Sul são produzidos 100 mil m² de divisórias por mês. A maior cliente é a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu. Desde setembro de 2011, a Dânica de Aparecida do Taboado tem fabricado e enviado ao Pará as divisórias para a construção das casas dos funcionários da hidrelétrica. A Dânica também é responsável por fazer câmaras frias industriais para empresas como Sadia, Perdigão e Friboi.

A cidade que se orgulha de ser conhecida pela música Sessenta Dias Apaixonado, de Darci Rossi e Constantino Mendes (eternizada nas vozes de Chitãozinho e Xororó), hoje convive com a tecnologia de ponta de indústrias como a AMT (sigla em inglês para Núcleo de Metal Amorfo), que produz transformadores de distribuição capazes de reduzir em 80% as perdas de energia elétrica. O transformador de distribuição é um aparelho que fica nos postes de energia elétrica e é usado para levar a eletricidade até os consumidores.

Funcionários vieram de Taiwan para instalar uma máquina complexa em Aparecida do Taboado.
Funcionários vieram de Taiwan para instalar uma máquina complexa em Aparecida do Taboado.

Enquanto dois funcionários vindos de uma empresa de Taiwan instalam uma máquina complexa, o diretor-superintendente da AMT, engenheiro Wagner José de Melo, explica que a indústria em Aparecida do Taboado é a única no Brasil com capital nacional a produzir os TDMAs (Transformadores de Distribuição de Núcleo de Metal Amorfo).

Os clientes da indústria AMT são as concessionárias do setor elétrico. A tecnologia não é nova, segundo o diretor-superintendente, mas foi pouco explorada e está sendo aperfeiçoada na fábrica, hoje com apenas 18 funcionários.

Na AMT, existe um grande cuidado para preservar os segredos industriais, mas o diretor-superintendente não esconde os ousados planos de expansão. “Iniciamos 2010 com uma área construída de 1.000 metros quadrados. Agora, temos 2.000 m² e o compromisso de ampliar para 10 mil m². Do mesmo modo, vamos aumentar muito o quadro de funcionários. A estimativa é de gerar 200 empregos diretos em 10 anos, além dos indiretos”, afirma Wagner José de Melo.

Supervisor administrativo da Prastrela, Samuel David afirma que falta qualificação profissional em Aparecida do Taboado "e a indústria tem que contratar levando mais em conta a força de vontade”.
Supervisor administrativo da Prastrela, Samuel David afirma que falta qualificação profissional em Aparecida do Taboado "e a indústria tem que contratar levando mais em conta a força de vontade”.

A produção inicial será de 500 unidades por mês; já com plano de ser quadriplicada em médio prazo para 2.000 unidades/mês. O Transformador de Distribuição de Núcleo de Metal Amorfo é um instrumento importante para prevenir o aquecimento global por reduzir as perdas de energia, que é distribuída pelas subestações para fábricas, edifícios e casas.

Já nos 3.500 m² de área construída da Plastrela em Aparecida do Taboado, a tecnologia é usada na produção de embalagens que preservam as características dos produtos e garantem maior longevidade nas gôndolas dos supermercados. Com sede em Estrela (RS), a indústria está há cinco anos em Mato Grosso do Sul.

Trinta e dois funcionários trabalham na unidade e a produção nunca para. De acordo com o supervisor administrativo, Samuel David, a maior dificuldade hoje está em conseguir mão de obra qualificada. “Falta qualificação e a indústria tem que contratar levando mais em conta a força de vontade”, diz. “Muita gente mora em Santa Fé do Sul e vem trabalhar aqui”, acrescenta.

Supervisor da concessionária, Otair Cortezini Beline diz que venda de motos aumentou 27%.
Supervisor da concessionária, Otair Cortezini Beline diz que venda de motos aumentou 27%.

Na engrenagem do progresso – Um dos sintomas da industrialização e do aumento do poder de renda da população está na venda de motos, que disparou. Em 2011, o comércio de motocicletas acelerou 27% na filial da Honda, a Cometa Motocenter. “E a meta é aumentar 25% esse ano. Isso se deve ao polo industrial, aos funcionários das fábricas”, explica o supervisor Otair Cortezini Beline.

“Quem não faz financiamento, pega consórcio. Fazemos 65 negócios por mês: são 40 vendas por financiamento e 25 consórcios. Até o final do ano vamos subir para 80 negócios/mês”. Os modelos preferidos são os populares e econômicos como Biz e Fan 150, usados pelos trabalhadores para ir e voltar das indústrias.

O comércio de motos também sente a falta de mão de obra. “Hoje, temos 13 funcionários e mais cinco vagas. Não estou achando vendedores e secretária”, conta Otair. Ele mesmo veio de fora, transferido de Paranaíba.

Percebendo a oportunidade de negócio, Neori Petralli, de 54 anos, montou e inaugurou em maio do ano passado uma revenda de motocicletas em Aparecida do Taboado. “Eu acreditei na cidade. Nós percebemos que Aparecida do Taboado está crescendo mais ou menos como Três Lagoas”, explica. Na Neori Multimarcas são feitos 30 negócios por mês (vendas, consórcios e financiamentos) e a intenção, segundo o comerciante, é ampliar o mercado. “Logo vamos ter dois carros zero para locação e em oito meses quero ter dez carros”, diz.

Paulo Roberto Barbosa e Ramble Ribeiro Rodrigues tomam tereré em uma calçada. Eles admiram a transformação da cidade. O bancário Paulo Roberto lembra que com a industrialização “só não trabalha quem não quer”. “O funcionário que quer trabalhar é disputado pelas fábricas. É uma tirando da outra”, afirma.

Já Ramble conta que nos últimos cinco anos surgiram muitas lojas e mercados e o número de veículos aumentou. Na verdade, quase dobrou. De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Aparecida do Taboado tem 9.962 veículos, incluindo 4.481 carros e 3.537 motos e motonetas. Em janeiro de 2007, eram apenas 5.798 veículos, entre eles 2.831 carros e 1.690 motocicletas e motonetas.

Enivaldo Aparecido Rodrigues conta que, mesmo com a concorrência, a venda de materiais de construção no comércio dele aumentou 60% nos últimos cinco anos.
Enivaldo Aparecido Rodrigues conta que, mesmo com a concorrência, a venda de materiais de construção no comércio dele aumentou 60% nos últimos cinco anos.

Além disso, a cidade tem se transformado em um canteiro de obras e a quantidade de lojas de materiais de construção saltou de sete para 12. Proprietário da Espigari Materiais para Construção, Enivaldo Aparecido Rodrigues, de 67 anos, conta que, mesmo com a concorrência, a venda no comércio dele aumentou 60% nos últimos cinco anos. “Mas a cidade continua sendo simples. É boa para se viver”, pondera.

Vitor Donizete Martins é dono do restaurante Recanto, que vende 200 refeições por dia.
Vitor Donizete Martins é dono do restaurante Recanto, que vende 200 refeições por dia.

Para o proprietário do Restaurante, Pizzaria e Salão de Festas Recanto, Vitor Donizete Martins, de 45 anos, as indústrias transformaram a cara do município. “Era uma cidadezinha pacata. Eu que sou de Aparecida vivenciei esse processo de mudança, que aconteceu graças à industrialização”, afirma.

Desde o boom da industrialização, há cinco anos, o restaurante de Donizete já foi ampliado uma vez e ele pretende, em breve, aumentar o estabelecimento novamente. Antes, o restaurante tinha quatro funcionários. Hoje são 20. “E quero contratar mais gente”, diz o empresário.

No Recanto são vendidas em média 200 refeições por dia. Muito mais do que há cinco anos quando havia só dois restaurantes no município. Agora, são nove estabelecimentos. “Aposto na minha cidade e creio que ela vai crescer muito mais”.

Lagoa Suja - Aparecida do Taboado nasceu com a vinda de empreendedores mineiros que traziam mercadorias diversas e gado para comercializar na região. Logo, o povoado que surgiu às margens do rio foi denominado Lagoa Suja. Em 28 de setembro de 1948, o povoado acabou sendo elevado a município com o nome Aparecida do Taboado.

Atraídas pela localização geográfica privilegiada (na divisa com São Paulo, em uma região central do país), as indústrias começaram a chegar ainda timidamente na década de 80, entre elas a Nossa Senhora Aparecida, que foi o primeiro laticínio de Mato Grosso do Sul, e a destilaria Álcoolvale - a maior empregadora do município.

Prefeito André Alves Fereira explica que precisou até mudar o horário do funcionamento das creches para que as mães pudessem trabalhar nas fábricas.
Prefeito André Alves Fereira explica que precisou até mudar o horário do funcionamento das creches para que as mães pudessem trabalhar nas fábricas.

Mas foi somente em 1993, que o município criou e aprovou a Lei do Prodeat (Programa de Desenvolvimento de Aparecida do Taboado), concedendo incentivos como a doação da área e isenção do ICMS para as indústrias. "A industrialização é prioridade para Aparecida porque gera emprego e renda", diz o prefeito André Alves Fereira.

Aliás, adequar a cidade para as mudanças decorrentes da vinda das indústrias é um desafio para a administração pública. A prefeitura teve que investir em moradias, construir mais escolas e creches. "Tivemos até que adequar o horário das creches por causa das indústrias, para que as mães pudessem trabalhar nas fábricas", explica o chefe do Executivo.

Presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen afirma que a construção do CISS (Centro Integrado Sesi-Senai) deve ter início em junho de 2012.
Presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen afirma que a construção do CISS (Centro Integrado Sesi-Senai) deve ter início em junho de 2012.

De volta para o futuro – O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, conta que a escolha de Aparecida do Taboado para receber o CISS (Centro Integrado Sesi-Senai) levou em conta o fato de a cidade ter várias fábricas e mais de 4.500 funcionários no setor. “Este é o nosso desafio: atendermos a demanda da indústria e a demanda da população com esses cursos que geram qualidade de vida”, diz.

Longen explica que na unidade integrada, o Senai trabalhará com a qualificação técnica, profissional, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, enquanto o Sesi irá atuar na educação continuada, EJA (Educação para Jovens e Adultos), informática, ações de responsabilidade social, de esporte e lazer e nas ações de segurança do trabalhador.

Segundo ele, os cursos do Sesi-Senai oferecerão uma oportunidade sem igual de acesso ao mercado de trabalho e crescimento dentro das indústrias. “As pessoas têm observado que a industrialização está chegando e as coisas estão acontecendo. Quando você vai à casa da pessoa e lá o trabalhador fala: ‘olha, há dez anos eu trabalhava em tal lugar e hoje estou aqui e ganho tanto, esta é a minha casinha, que eu já comprei, este é o meu carro que eu estou pagando prestação, essa é minha TV, meu ar condicionado’. Isso tudo é oxigênio para nós que temos trabalhado para que isso seja realidade”, afirma.

A assinatura da escritura de doação do terreno pela prefeitura para a construção do Centro Integrado foi feita no dia 19 de março e a previsão é de que a obra de construção tenha início em junho deste ano. “A nossa intenção é atender toda a região lá de cima (Leste de Mato Grosso do Sul) com a unidade Centro Integrado Sesi-Senai. E mais do que nunca vamos usar como ponto de apoio porque nós temos investido muito em unidade móvel. As nossas unidades móveis têm ido às empresas para atender as suas demandas. Temos vários cursos técnicos que são executados por meio dessas unidades móveis”, enfatiza.

De acordo com a assessoria de imprensa da Fiems, o CISS contará com guarita, estacionamento com mais de 200 vagas, consultório médico, biblioteca, salas de aulas e de treinamento, de professores, de corte e costura e de eletrônica e para os serviços de segurança do trabalho e de enfermagem, laboratório físico-químico, oficina, academia, campo de futebol, quadra de vôlei de areia e poliesportiva coberta e pista de caminhada, entre outros.

Ex-servente de pedreiro, Leão é impressor líder na indústria Pais & Filhos.
Ex-servente de pedreiro, Leão é impressor líder na indústria Pais & Filhos.

A industrialização tem transformado “A terra dos 60 dias apaixonado”, mas a população aparecidense ainda não teve a oportunidade de se preparar para fazer parte dessa mudança. Com o CISS, começa a ser escrito um novo capítulo de oportunidades e progresso na história do município.

O servente de pedreiro Leão, que ajudou a construir o barracão em Aparecida do Taboado onde funcionam as fábricas Pais & Filhos e Gala, começou no setor industrial como auxiliar.

Agora, que é impressor líder na indústria de brinquedos, precisa de qualificação para continuar crescendo. “Tenho moto, terreno e casa própria. Meu salário aumentou 100% e quero estudar para progredir mais”.

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