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Economia

Isolamento reduziu em 15% consumo de energia elétrica em MS no mês passado

Dados da Câmara de Comercalização de Energia Elétrica apontam que MS teve a 5ª maior redução do País

Rosana Siqueira | 10/06/2020 13:07
Queda de produção nas indústrias de vestuário influenciaram o resultado (Arquivo)
Queda de produção nas indústrias de vestuário influenciaram o resultado (Arquivo)

O consumo de energia elétrica em Mato Grosso do Sul teve queda de 15% em maio, principalmente devido às medidas de isolamento social para combate à Covid-19, segundo estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. O resultado considera a média do Sistema Interligado Nacional - SIN entre 01 e 29 de maio deste ano, comparada com os mesmos dias de 2019. Com isso MS obteve o 5º lugar em recuo mais expressiva entre os estados brasileiros.

No País a queda ficou em 11%. O mercado regulado teve redução de 12% no recorte, enquanto o mercado livre apresentou recuo de 10%.

Os feriados adiantados para o período de 23/05 a 29/05 no país tiveram impacto pontual no consumo médio dos locais que aderiram à medida. No SIN, a queda de demanda registrada naquela semana foi de 12,6%. Os dados mostram ainda que, com a manutenção das medidas para controle do novo coronavírus, houve uma estabilização da queda do consumo nas últimas semanas, em torno de 10% a 13%.

Os resultados são preliminares e levam em conta a demanda total do mercado cativo, em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre, que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não considera os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.

Ramos de atividade - A queda na produção na indústria influenciou nos dados. Entre os principais ramos de atividade que consomem energia no Ambiente de Contratação Livre - ACL, a indústria automotiva e o segmento têxtil continuam liderando o ranking de redução da demanda. O consumo de ambos recuou 47%. Já o setor de serviços está na terceira posição, com queda de 38% em comparação com o mesmo mês de 2019. Os valores já expurgam os efeitos de migrações de consumidores que passaram a negociar no mercado livre.

A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados em maio. A Bahia passou a liderar o ranking, com uma queda de 20%, seguida pelo Rio de Janeiro, onde a demanda recuou 19%. Completam a lista das cinco maiores reduções percentuais os estados do Rio Grande do Sul (- 17%), Espírito Santo (- 16%) e Mato Grosso do Sul (- 15%).

Três estados tiveram alta no consumo: Pará (6%), Amapá (2%) e Maranhão (2%). O aumento se explica pela elevação da demanda em algumas indústrias nesses estados, como alimentícia e a química.


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