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Economia

MS já colheu metade da soja e previsão de quebra é mantida

Jeozadaque Garcia | 08/03/2012 19:21
Mato Grosso do Sul colheu metade da soja plantada; previsão para este ano é de 4,7 milhões de toneladas. (Foto: João Garrigó)
Mato Grosso do Sul colheu metade da soja plantada; previsão para este ano é de 4,7 milhões de toneladas. (Foto: João Garrigó)

A estiagem nos meses de novembro e dezembro, época do plantio, prejudicou os produtores e a safra da soja em Mato Grosso do Sul pode ter nova queda este ano. A previsão é que o Estado consiga colher 4,7 milhões de toneladas, contra 4,8 no ano passado e 5,3 em 2010.

Segundo o consultor de mercado João Pedro Cuthi Dias, mais de 55% da soja já foi colhida, e o número deve chegar a 90% até o início de abril. “Por conta da seca, algumas cidades, principalmente as fronteiriças, perderam metade da lavoura”, aponta Dias.

Na fronteira, Ponta Porã e Laguna Carapã têm colhido de 25 a 35 sacas por hectare em média, enquanto Costa Rica, São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul, do outro lado do Estado, colhem até 60 sacas. Já a média no Estado fica em torno de 45 sacas por hectare.

Na última colheita, a chuva quebrou cerca de 30% da safra sul-mato-grossense, prejuízos que ultrapassaram R$ 1 bilhão. A previsão era de recorde histórico, com 5,6 milhões de toneladas.

De acordo com o GCEA (Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produtividade do grão deve cheguar a 2,7 toneladas por hectare colhido.

Chuva atrapalhou a colheita na região sul do Estado. (Foto: João Garrigó)
Chuva atrapalhou a colheita na região sul do Estado. (Foto: João Garrigó)

Na região central do Estado, que não foi castigada pela chuva, a produtividade pode chegar a 50 sacas por hectare. No entanto, o que tem atrapalhado alguns produtores são as hastes verdes da soja.

“Dificulta na hora de colher, mas ainda bem que não dá muito prejuízo”, garante o produtor rural Evaldo Oliveira Freitas, que plantou este ano 2,2 mil hectares no município de Sidrolândia.

A haste verde resulta, quase sempre, de distúrbios fisiológicos que interferem na formação dos grãos. “A soja fica com um crescimento indeterminado. Qualquer intempérie e ela se mantém verde. Esse ano vem ocorrendo bastante”, explica o produtor.

Evaldo espera colher três mil quilos por hectare plantado este ano para compensar as perdas da última safra, que sofreu com as chuvas. A lavoura teve uma quebra de 50%. “O ano passado foi complicado“, finaliza.

Máquinas trabalham durante colheita em Sidrolândia. (Foto: João Garrigó)
Máquinas trabalham durante colheita em Sidrolândia. (Foto: João Garrigó)
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