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Economia

No Estado, setor de serviços paga salário abaixo da média nacional

Aline dos Santos | 28/08/2013 16:22
Pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira. (Foto: Cleber Gellio)
Pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira. (Foto: Cleber Gellio)

O setor de serviços gera emprego e renda, mas remunera mal em Mato Grosso do Sul. No Estado, a média mensal é de 1,9 salário mínimo, abaixo da média brasileira, que é de 2,5 salários, e da região Centro-Oeste: 2,3 salários. O retrato foi traçado pela PAS 2011 (Pesquisa Anual de Serviços), divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2011, o salário mínimo era de R$ 545.

“Mato Grosso do Sul tem média abaixo do Centro-Oeste e do Brasil. No Estado, o salário mais baixo é o ligado às serviços prestados às famílias”, afirma a gerente de Análise dos Resultados, Juliana Paiva Vasconcellos, que divulgou os dados em entrevista coletiva.

Para serviços prestados às famílias, a remuneração é de 1,3 salário. O segmento é justamente o que tem mais empresas em Mato Grosso do Sul. Das 13.434 empresas do Estado, 28,9% (3.884) estão relacionadas ao segmento. Dentre os serviços prestados às famílias, as atividades de alimentação (restaurante, bares, lanchonetes, ambulantes e fornecedores de comidas prontas) foram as que mais geraram receita (R$ 610 milhões), salários (R$ 146 milhões) e pessoal ocupado (16.374).

Conforme a pesquisa, no topo do ranking de remuneração em Mato Grosso do Sul estão os serviços de informação e comunicação e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 2,6 salários. Já no Brasil, a remuneração para informática e comunicação chega a 5,7 salários.

A atividade de transporte revela o impacto da produção agrícola no Estado. O segmento representa a maior receita entre as atividades de serviços: R$ 3,5 bilhões. O montante significa 44,3% dos R$ 7,9 bilhões da receita bruta da prestação de serviços em Mato Grosso do Sul. São 2.547 empresas.

“O Estado é maior produtor de soja e usa o transporte para todo o Brasil”, explica Juliana Vasconcellos. No Centro-Oeste, a maior fatia da receita bruta é representada por serviços de informação e comunicação, que equivalem a 29,8%. Numa região agrícola, formada ainda por Mato Grosso e Goiás, é o Distrito Federal que “puxa” esta atividade.

Com 3.420 empresas, os serviços profissionais administrativos e complementares são os que mais ocupam em Mato Grosso do Sul. São 35.143 pessoas, que representam 34,3% das atividades de serviços. Ao todo, conforme a pesquisa, o setor emprega 102.330 pessoas.

Neste segmento, estão empresas que prestam apoio à produção, como seleção, agenciamento e locação de mão de obra, serviços de investigação, vigilância, serviços de escritório e apoio administrativo.

Em alta – Catapultados por incentivos do governo federal, as atividades imobiliárias registraram a maior variação da receita bruta em Mato Grosso do Sul entre os anos de 2007 e 2011. A variação foi de 22.7%. Em 2011, as atividades imobiliárias tiveram 311 empresas, com uma receita bruta de R$ 154 milhões, salários de R$ 16 milhões e 1.323 pessoas ocupadas.

A Pesquisa Anual de Serviços traz dados de 2011. O lapso temporal é porque as empresas repassam os dados em 2012, que, depois, são analisados pelo IBGE. As informações são do emprego formal. Os números são utilizados para composição do PIB (Produto Interno Bruto). Os mais de 200 serviços são distribuídos em sete atividades. No Brasil, o setor de serviços, incluindo comércio, responde por 67,9% do PIB.

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