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Economia

Novas empresas se instalam na Capital e movimentam R$ 500 milhões em 2014

Luciana Brazil | 24/12/2014 09:00
Pão de Açúcar foi uma das grandes redes de supermercado que se instalou na Capital, mas sem o incentivo municipal. (Foto: Arquivo/ Marcos Ermínio)
Pão de Açúcar foi uma das grandes redes de supermercado que se instalou na Capital, mas sem o incentivo municipal. (Foto: Arquivo/ Marcos Ermínio)

Gerando mais de dois mil empregos diretos, 22 novas empresas se instalaram em Campo Grande, em 2014 - de janeiro a outubro-, por meio de incentivos fiscais do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande), resultando em investimento de mais de R$ 589 milhões.

No entanto, o investimento total de empresas e indústrias que recebem incentivo do Prodes ultrapassou R$ 1 bilhão em 2014, na Capital, segundo dados do Codecon ( Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico).

O valor se amplia quando, além dos novos empreendimentos instalados, soma-se ao montante as 28 empresas que já estão em funcionamento e que solicitaram ampliação e relocalização da unidade em Campo Grande, o que movimentou mais de R$ 670 milhões.

O coordenador do programa e secretário Executivo do Conselho, Tito Vespasiano Beraldo de Ruchkys, explica que no total foram aprovadas 50 cartas consultas, de janeiro a outubro. 

Sobre a necessidade de novos pontos, Tito explica que esse é o resultado do crescimento e desenvolvimento da cidade. “Com o crescimento, as empresas que antes estavam em áreas afastadas, passam a ficar em áreas urbanas e, a partir daí, vão precisar de novas documentações como alvará de impacto de vizinhança e licença ambiental”, explicou.

"Até mesmo oficinas mecânicas passaram a ser cobradas pelo alvará de impacto de vizinhaça. Antes não tinha nada entorno do local, mas a cidade cresceu", disse Tito.

Motivados pelos altos custos das exigências ambientais, os empresários optam por redefinir uma nova sede ou pelos polos industrias da cidade, mas que hoje estão totalmente comprometidos.

Dos quatro polos, o último a ser concebido, em 2003, o Polo Industrial Oeste, já não oferece mais espaço. Com 143 equitares utilizáveis, a área tem 231 lotes, divididos entre 30 empresas, cada uma com mais de um lote, segundo o coordenador do Prodes.

Entre os empreendimentos estão, fábricas de fiação, de computadores, de confecções, centro de distribuição de materiais de construção, empresa de transporte, indústria de nutrição animal e artefatos de concreto.

Como parte do incentivo fiscal do município, de acordo com a lei complementar 29, estão a doação de terrenos, a redução do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) - sobre as obras de construção-, redução do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e qualificação de mão de obra. Podem ser beneficiadas indústrias, prestadoras de serviços e também o comércio.

Empresas- Embora grandes redes de supermercados tenham chegado à Capital, Tito afirma que nenhuma delas solicitou o incentivo fiscal do município, segundo ele, porque aporte estadual é, sim, mais vantajoso.

"O principal atrativo para que a indústria venha para Campo Grande é o incentivo estadual. As vezes a doação de área não é o mais importante para o grupo ou empresário. A redução dos impostos estaduais como ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ou ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias)", frisa Tito.

Mas apesar disso, os pequenos e micro-empresários apostam no Prodes, o que ajuda a cidade, garante o coordenador do programa.

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