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Economia

Para Famasul, qualidade da soja está sendo nivelada por baixo

Fabiano Arruda | 16/03/2011 18:35

Presidente da entidade mostra preocupação com realidade do produtor após as chuvas

As perdas de área plantada e de peso da soja são irreversíveis, mas não podem ser agravadas com a desqualificação da soja na hora da entrega ao armazém. A afirmação é do presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) Eduardo Riedel.

Em reunião realizada ontem na Famasul, com a participação de lideranças rurais e da secretária estadual de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa, a reunião demonstrou a dificuldade dos produtores ao entregar a soja às trades e cerealistas diante da classificação apresentada para as condições de umidade e ardido do grão (quando a soja inicia o processo de fermentação).

“Queremos chamar atenção do produtor para que acompanhe e discuta sobre a classificação, porque está havendo um arrocho por parte dos recebedores, nivelando a soja por baixo”, alertou Riedel.

Segundo os produtores, produto com 15% a 20% de ardido está recebendo classificação de 25% a 30%. “A negociação é particular e individual, mas o produtor precisa ficar atento para que o prejuízo não seja maior do que aquele já verificado no campo”, salientou o dirigente.

A reunião com agentes da cadeia agropecuária de Mato Grosso do Sul teve a presença de representantes do Banco do Brasil, Superintendência Federal da Agricultura (SFA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Associação dos Produtores de Soja (AprosojaMS), Fundação Chapadão, Associação dos Produtores de Sementes e Mudas (Aprosul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Estiveram presentes representantes de sindicatos rurais dos municípios de Bandeirantes, Bonito, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Costa Rica, Maracaju, Miranda, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Porto Murtinho, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia.

Liga - Durante a reunião na Famasul, representantes de sindicatos e a própria federação sinalizaram a possibilidade de misturar grãos prejudicados pelas chuvas e grãos saudáveis numa liga que reaproveitaria o produto e minimizaria os prejuízos. A técnica poderá ser utilizada e a soja comprada pelas empresas, desde que atenda padrões exigidos pelo mercado.

Discussão - Nesta quarta-feira, os oito deputados federais e três senadores por Mato Grosso do Sul levaram reivindicações ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em audiência em Brasília (DF).

Eles cobraram atendimento especial e ágil na negociação de dívidas dos produtores. O Banco do Brasil deve editar norma exclusiva para o Estado na sexta-feira e facilitar a prorrogação dos débitos dos produtores, evitando a burocracia da análise caso a caso, sugerida pela instituição.

O deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) informou que o ministro vai enviar técnicos da DFA (Delegacia Federal de Agricultura) para aferir a qualidade dos grãos de produtores nos municípios mais atingidos pelas chuvas e, assim, evitar que o preço seja muito depreciado.

(Com informações da assessoria)

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