ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, SEXTA  24    CAMPO GRANDE 33º

Economia

Prefeitura publica tabela de reajuste do IPTU com base na inflação

Decreto menciona que a correção de 5,32%, sem aumento real, não precisa passar pela Câmara

Por Maristela Brunetto | 24/10/2025 08:19

Prefeitura publica tabela de reajuste do IPTU com base na inflação
Decreto publicado hoje pela Prefeitura define correção do IPTU somente pela inflação, sem aumento real (Foto: Arquivo/ Paulo Francis)

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Prefeitura de Campo Grande publicou um decreto que define o reajuste do IPTU para 2026, com base apenas na inflação, sem aumento real. O ajuste será de 5,32%, conforme o IPCA-E. O cálculo considera dados do Cadastro Técnico Imobiliário e tabelas de valores por metro quadrado, atualizados até outubro de 2025. O texto detalha critérios técnicos, como tipo de imóvel e benfeitorias, mas o valor final ainda não está claro para os contribuintes. O decreto não menciona a emissão dos carnês para 2026, que será informada posteriormente.

A Prefeitura de Campo Grande publicou hoje um decreto de 53 páginas com informações sobre os valores dos imóveis que servirão de base para a definição do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a ser pago em 2026. O texto, assinado pela prefeita Adriane Lopes e pela secretária de Fazenda, Márcia Hokama, aponta que, como haverá apenas a atualização dos parâmetros da base de cálculo conforme a inflação do período, não será necessário enviar projeto à Câmara de Vereadores. A correção será de 5,32%, variação apurada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-E).

Conforme o decreto, são levados em conta dados da situação dos imóveis perante o Cadastro Técnico Imobiliário do Município até a data de 17/10/2025 e da tabela de valores da metragem dos imóveis, além de uma planta genérica de valores para chegar à base de cálculo do IPTU, que é o valor do imóvel. Nesse sentido, pontua que a Tabela de Valores Unitários por Metro Quadrado de Edificação e a Planta de Valores Genéricos terão somente a correção inflacionária do período.

O texto traz uma série de dados técnicos sobre a elaboração dos valores e o perfil do imóvel, como se é moradia, comércio, indústria, escola ou apenas terreno baldio, além das benfeitorias da região. Na sequência, constam dezenas de páginas de tabelas com a especificação de valores conforme a metragem e os montantes a serem aplicados no cálculo segundo essas condições.

Para o contribuinte, ainda não fica claro o valor final; entretanto, como a administração informa que haverá apenas a aplicação da inflação, é possível calcular o montante a partir do valor praticado neste ano. A alíquota média praticada em Campo Grande é de 3,5% do valor venal do imóvel, com percentual menor em caso de terrenos e possibilidade elevação diante da regra do IPTU progressivo, aplicado como punição a quem tem áreas para especulação imobiliária e contribui para a existência de vazios urbanos.

Os carnês referentes ao ano de 2025 foram lançados pela Prefeitura no começo de dezembro do ano passado, com envio pelos Correios e também acesso pela internet. O pagamento à vista (com desconto de 20%) ou da primeira parcela teve como data limite 10 de janeiro. Quem optou por parcelar teve a alternativa de pagar em até 12 vezes. É importante lembrar que, junto com o valor do IPTU, os proprietários de imóveis pagam a taxa, regulamentada por decreto, de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares, publicada no final de setembro, cuja variação depende do perfil e do valor do imóvel.

Ao longo deste ano, o Município manteve o Refis para receber valores de contribuintes inadimplentes do IPTU e de outros tributos. O decreto publicado hoje não faz menção à disponibilização do carnê referente ao ano de 2026. Caso a informação seja repassada pela Prefeitura, o texto será atualizado.