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Economia

Secretários de portos discutem integrar navegação Paraguai-Paraná

Foi proposta a criação de grupo de trabalho envolvendo técnicos dos dois países para analisar regulamentos existentes

Gabriel Neris | 25/01/2021 10:57
Senadora Soraya Thronicke (PSL) em reunião virtual com secretários brasileiro e argentino (Foto: Divulgação)
Senadora Soraya Thronicke (PSL) em reunião virtual com secretários brasileiro e argentino (Foto: Divulgação)

A integração da hidrovia Paraguai-Paraná foi tema de reunião entre os secretários nacionais de Portos do Brasil, Diogo Piloni, e argentino, Leonardo Cabrera, intermediada pela senadora Soraya Thronicke (PSL).

No encontro foi tratada a desburocratização de normas que visam flexibilizar a navegação e liberar portos, além de atrair o mercado privado para investimentos em Mato Grosso do Sul.

“A hidrovia Paraguai-Paraná é um importante corredor logístico para o Brasil e também para os outros países latinos. Temos que valorizar, investir, flexibilizar as regras e fazer o que o for necessário para fortalecer a navegação comercial. Com isso, Mato Grosso do Sul, o Brasil e Argentina ganham”, avalia a senadora.

Foi proposta a criação de grupo de trabalho envolvendo técnicos dos dois países para analisar regulamentos existentes.

A reunião também contou com o representante da ACICG (Associação Comercial de Campo Grande), Dario Guerrieri. “Com investimentos na logística por navegação, Campo Grande pode se tornar um grande centro de distribuição e armazenamento de toda a região”, avalia.

O economista e chefe da ACICG, Normann Kalmus, afirma que a navegação é o meio de transporte mais barato. “Além de ter um impacto ambiental muito menor que qualquer outro em função da possibilidade de transportar muita carga com pouco combustível. O Brasil tem um potencial de desenvolvimento gigantesco essa área porque temos muitos rios navegáveis”, aponta.

Normann calcula que a capacidade de transporte da hidrovia é de 51 milhões de toneladas e que o frete tem redução de, no mínimo, 35%.

A senadora sul-mato-grossense lembra da reativação do Porto de Ladário, fechado há mais de 20 anos, como contribuição para o desenvolvimento econômico do Estado.

O local reabriu no ano passado para o transporte de gado e aguarda investimentos para que as operações sejam ampliadas. “Esse terminal é muito importante para a logística de toda a região Centro-Oeste e para o Brasil. Os carros que compramos na Argentina, por exemplo, chegam pelo Porto de Santos. Se utilizarmos o Porto de Ladário, teremos uma economia de 70% na logística”, calcula a parlamentar.

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