Serviços, indústria e agro: veja os setores que mais geram emprego em MS em 2025
Por outro lado, comércio é o setor que teve saldo negativo de empregados

Mato Grosso do Sul começou 2025 com saldo positivo na geração de empregos formais. Só em março, o Estado criou 12.584 vagas com carteira assinada, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Mato Grosso do Sul abriu 2025 com saldo positivo de 12.584 empregos formais em março, segundo dados do Caged. Serviços liderou com 5.854 vagas, seguido por indústria (2.465) e agropecuária (2.367). Construção civil gerou 2.085 empregos, enquanto o comércio fechou 187 vagas. O Estado totaliza 683.901 empregos formais. Abate e fabricação de produtos de carne (1.164), construção de edifícios (1.116) e apoio à agricultura (1.051) foram os destaques na geração de empregos. Educação infantil e ensino fundamental (839) e atividades de limpeza (675) completam o top 5. Educação profissional técnica e tecnológica teve crescimento de 121,36%, cultivo de laranja 57,65% e transporte aquaviário 43,75%. Gestão ambiental, apesar do pequeno volume, cresceu 66,67%.
O setor de serviços liderou a geração de empregos no mês, com 5.854 novas vagas. Foram 43.833 contratações e 37.979 desligamentos. Além de ser o setor que mais contratou, também é o que mais emprega no Estado, com 266.570 postos de trabalho ativos. O tempo médio de permanência no emprego entre os desligados foi de 16,2 meses.
A indústria ficou em segundo lugar no saldo de empregos, com 2.465 novas vagas. Foram 18.728 admissões e 16.263 demissões. O setor tem atualmente 131.609 trabalhadores com carteira assinada e apresentou o maior tempo médio de permanência entre os desligados: 17,9 meses.
A agropecuária também teve bom desempenho, com 2.367 vagas abertas em março. O setor contratou 17.866 pessoas e desligou 15.499. O estoque de empregos é de 99.050 vínculos formais, e o tempo médio no emprego foi de 15,7 meses.
Na construção civil, o saldo foi de 2.085 empregos, resultado de 8.794 admissões e 6.709 desligamentos. Com isso, o setor chegou a 30.489 trabalhadores formais. O tempo médio dos que saíram foi o menor entre os setores: 10,7 meses.
O único setor que teve resultado negativo foi o comércio, com 187 vagas fechadas. Houve mais demissões (27.043) do que contratações (26.856). Mesmo assim, o comércio segue como o segundo maior empregador do Estado, com 155.182 trabalhadores registrados. O tempo médio no emprego entre os desligados foi de 15,3 meses.
Houve ainda um registro sem identificação de setor, com apenas um vínculo ativo, mas sem dados sobre admissões, desligamentos ou tempo de trabalho.
Com os resultados de março, Mato Grosso do Sul alcançou um total de 683.901 empregos formais ativos.
Profissões que mais geraram emprego em MS
O abate e fabricação de produtos de carne, ligado à indústria de transformação, gerou 1.164 empregos formais no mês, com 5.857 admissões e 4.693 desligamentos. Esse setor reúne atualmente 38.154 trabalhadores com carteira assinada no Estado. O tempo médio de permanência no emprego entre os desligados foi de 16,4 meses, mostrando certa estabilidade.
A construção civil aparece logo em seguida, com 1.116 novas vagas. Foram 3.613 contratações e 2.497 demissões. Apesar de ter um estoque menor (11.150 trabalhadores formais), o crescimento relativo foi expressivo: 11,12%. Já o tempo médio de emprego ficou em 10,8 meses, o menor entre os cinco setores analisados.
Na terceira posição, estão as atividades de apoio à agricultura, com 1.051 vagas líquidas. Houve 2.729 admissões e 1.678 desligamentos. O setor emprega atualmente 9.363 pessoas em MS e teve um aumento relativo de 12,64%. O tempo médio no emprego dos desligados foi de 11,2 meses.
A área de educação infantil e ensino fundamental, ligada à administração pública e serviços sociais, também teve destaque, com 839 novas vagas. Foram 2.004 admissões e 1.165 demissões. Com total de 9.900 empregos formais, o setor apresentou o maior tempo médio de permanência entre os desligados: 20,5 meses, sugerindo vínculos mais duradouros.
Fechando o top 5, as atividades de limpeza — que integram os serviços administrativos e complementares — criaram 675 vagas. Foram 1.920 contratações e 1.245 desligamentos. O setor emprega atualmente 6.877 pessoas e teve um crescimento de 10,88%, com tempo médio de 11,7 meses entre os desligados.
Aumento proporcional
Vale ressaltar que, considerando o aumento percentual de vagas, em março, a educação profissional de nível técnico e tecnológico teve crescimento relativo de 121,36% no estoque. O setor gerou 392 novas vagas, resultado de 545 admissões e 153 desligamentos.
Na agropecuária, o cultivo de laranja gerou 98 empregos formais, com 168 admissões e 70 desligamentos, um crescimento de 57,65%, com tempo médio de emprego dos desligados de 3,4 meses, indicando perfil de trabalho mais temporário, possivelmente ligado à safra.
Outro destaque veio do setor de transportes, com ênfase no transporte aquaviário. A atividade, embora ainda pequena, criou 28 vagas em março, após registrar 33 admissões e apenas cinco desligamentos. O aumento no número de trabalhadores foi de 43,75%, com tempo médio de permanência de 14 meses entre os desligados.
Também chamou atenção o ramo da gestão ambiental. Os serviços de descontaminação e gestão de resíduos criaram duas novas vagas, mesmo com estoque reduzido. O crescimento percentual foi de 66,67%, sinalizando movimento de expansão em um setor ainda em fase inicial no Estado.