Sindicalização cresce pela primeira vez desde 2017 em MS
Estado passou de 83 mil sindicalizados em 2023 para 91 mil em 2024, crescimento de 10%
Mato Grosso do Sul registrou em 2024 o primeiro aumento na taxa de sindicalização desde 2017, ano da reforma trabalhista que extinguiu a contribuição sindical obrigatória e provocou uma forte retração nas entidades representativas. Os dados são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho.
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O levantamento foi publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostra que o Estado passou de 83 mil sindicalizados em 2023 para 91 mil em 2024, crescimento de 10%.
Apesar da alta, a taxa de sindicalização ainda é baixa: 6,4% dos trabalhadores ocupados estão filiados a sindicatos. Mesmo assim, o avanço representa uma inflexão importante após sete anos consecutivos de quedas. Desde 2017, MS viu seu número de filiados despencar de 188 mil para menos da metade.
A recuperação parcial pode ser associada a três movimentos indicados indiretamente pelos dados da pesquisa. O emprego formal cresceu em várias frentes nos últimos anos, especialmente no comércio, serviços e transporte. A expansão de vínculos formais tende a favorecer a filiação, já que trabalhadores com carteira assinada são os que mais se sindicalizam.
Após a perda da receita compulsória, diversos sindicatos em MS se reestruturaram, ampliaram serviços e buscaram novas formas de arrecadação. A recuperação, mesmo modesta, sugere que parte dessa adaptação começa a surtir efeito.
Com o crescimento do trabalho por plataforma, entregadores, motoristas e categorias de serviços vêm discutindo mais abertamente condições de trabalho, o que pode ter estimulado movimentos de aproximação com entidades representativas, ainda que a sindicalização formal nesses grupos siga baixa.
Mesmo com o crescimento recente, o Estado ainda opera com menos da metade da base sindical que tinha há sete anos.
A retomada parcial ocorre em um cenário dominado por categorias que dificilmente se filiam. São 295 mil trabalhadores por conta própria, quatro vezes mais que o número de empregadores. Também há alta informalidade (33,9% dos ocupados). Outro ponto é a ampliação de vínculos temporários e serviços de baixa proteção social.
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