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Economia

Sindicato identifica 300 revendas de gás clandestinas e pede fiscalização

Renata Volpe Haddad | 17/11/2016 09:37
Segundo sindicato, são mais de 300 revendas de gás clandestinas em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo sindicato, são mais de 300 revendas de gás clandestinas em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Há mais de um ano investigando, o Sindicato dos Revendedores de Gás identificou mais de 300 estabelecimentos clandestinos de Campo Grande. Alguns chegam a vender o botijão por R$ 45, bem abaixo do preço de mercado praticado na Capital, que é de R$ 65. Diante da situação, o sindicato pede mais fiscalização aos órgãos públicos.

O presidente do Sindicato, Vilson de Lima, vê um caos instaurado no mercado campo-grandense de gás de cozinha. "Mandamos um ofício para todos os órgãos competentes, como Procon, Ibama, Corpos de Bombeiros, porque além de prejudicar os comerciantes que vendem com nota fiscal e por isso pagam impostos, essa revenda clandestina põe em risco a vida de muita gente, pois não sabemos se é realmente gás o que está sendo vendido".

Lima explica ainda que o número de clandestinos aumentou no último ano, devido a crescente taxa de desemprego. "Vemos casos mais graves em bairros mais populosos, como Moreninhas, Oliveira e Nova Lima. Porém, no jardim Santa Emília encontramos mais clandestinos e também no Estrela do Sul".

Para identificar uma venda clandestina, o consumidor precisa ficar atento ao peso do botijão, ao tipo de veículo que está sendo transportado e se o entregador está usando uniforme. "Uma empresa correta, exige do funcionário uniforme, crachá, calçados adequados. O clandestino, usa bermuda, chinelo, utiliza motocicleta e transporta o botijão em gaiolas, o que é proibido por lei. Além disso, no panfleto de divulgação, os números de contato são celulares, e o nome da suposta empresa é nome de pessoa física".

O presidente do sindicato informa ainda que o preço vendido pelos clandestinos é de R$ 45. "Isso é extremamente perigoso, pois não sabemos se é realmente gás o que é colocado no botijão, além do peso ser bem abaixo do que deveria ser, transporte irregular, sem nota fiscal e propagandas sem identificação, ou seja, não dá nenhuma garantia ao consumidor".

A superintendente do Procon/ MS, Rosimeire Cecília da Costa, afirma que investiga todas as denúncias recebidas pelo número 151 e Fale Conosco, do órgão. "Recebi o ofício do sindicato, porém, não tem os endereços para fiscalizarmos efetivamente. Sempre que tem reclamação de cheiro ou de alguma irregularidade, vamos ao local fiscalizar, mas é difícil algum consumidor reclamando de preço baixo".

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