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Economia

Vendas da Copa fracassam, inflação sobe e economia tem retração

Priscilla Peres | 29/12/2014 11:13
Produtos da Copa encalharam nas prateleiras e foram pra estoque depois do 7 a 1. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Produtos da Copa encalharam nas prateleiras e foram pra estoque depois do 7 a 1. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O ano de 2014 começou com grande expectativa para os brasileiros, a de sediar uma Copa do Mundo. Apaixonados por futebol e com as melhores das intenções, comerciantes reforçaram seus estoques, empresas de turismo contrataram mão de obra e companhias aéreas aumentaram a oferta de voos. Porém, nada parece ter sido tão bom quanto o imaginado.

Mesmo sem sediar nenhum jogo, os empresários campo-grandenses se prepararam para a Copa e principalmente para os efeitos dela por aqui, mas mesmo antes do vexame histórico dos 7 a 1, as vendas iam de mal a pior. Isso por que o país parou nos dias de jogos e até hoje os efeitos dos "feriados" são sentidos em vários setores.

O comércio amargou prejuízos que nem o Natal foi capaz de reverter. Em junho, mês da Copa, a queda nas vendas chegou a 16,49% em relação a maio, segundo dados da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande). Nesse período, o movimento de bares e restaurantes também diminuiu cerca de 20%, devido a preferência das pessoas por ficar em casa.

O setor de automóveis também amarga prejuízos e vai terminar o ano com retração de até 10% nas vendas. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) atribui o fraquíssimo desempenho aos dias não trabalhados durante a Copa e ao cenário econômico que desestimularam a população a comprar.

Carne foi o produto da cesta básica que ficou mais caro em 2014. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Carne foi o produto da cesta básica que ficou mais caro em 2014. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

No bolso - A conjuntura nacional teve seus efeitos no Estado, principalmente quando falamos em alta da inflação e dos preços, aliados a fraca geração de emprego. Em 11 meses, Campo Grande acumulou inflação de 5,78% ultrapassando o centro da meta inflacionária para 2014, que é de 4,5%, mas ainda abaixo do teto, que é de 6,5%. Nesse tempo, os maiores índices por grupos foram: Alimentação, com 9,67% e Educação, com 8,05%.

Como não podia deixar de ser a carne foi o item que mais encareceu em 2014 e acumula variação de 14,99% no ano, segundo o Dieese/MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Isso devido ao consumo interno e externo aquecido aliado a baixa oferta de boi gordo por causa da estiagem.

No ano, a cesta básica de Campo Grande acumula alta de 5,24%, sendo que em janeiro custava R$ 288,57 e em novembro chegou em R$ 303,69, diferença de R$ 15,12. Leite (9,61%) e café (7,59%) foram os outros itens com maiores altas, em compensação, o feijão deve queda de 6,77%.

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