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Educação e Tecnologia

Pais e donos de escolas protestam no Ministério Público por volta às aulas

Reunião com Ministério Público definirá sobre retorno das instituições particulares em 1º de julho

Tainá Jara e Liniker Ribeiro | 24/06/2020 15:43
Funcionários de escolas particulare protestam pelo retorno das aulas (Foto: Liniker Ribeiro)
Funcionários de escolas particulare protestam pelo retorno das aulas (Foto: Liniker Ribeiro)

Pais, funcionários e donos de escolas particulares de Campo Grande, realizaram buzinaço, no início da tarde desta quarta-feira, em frente ao MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), no Parque dos Poderes. Eles querem o retorno das aulas, mesmo que de forma gradual, a partir de 1° de julho, sob o argumento de que ainda não há 50% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados na Capital.

Reunião, realizada na tarde de hoje, com representantes do Ministério Público, prefeitura e sindicato e associação de classes irá definir sobre a retomada das aulas presenciais, durante a pandemia.

A questão é polêmica, pois a curva de crescimento dos casos na Capital, ainda não começou a cair, indicando que ainda não foi atingido o pico dos registros. No entanto, acordo prévio, debatido no início do mês, indicava o retorno das aulas no dia 1º de julho.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Ensino das Escolas Particulares, Gabriel Mazotto, ficou previamente acordado o retorno das aulas presenciais nos próximos dias, desde que a cidade não tivesse com 50% dos leitos de UTI ocupados.

“Estamos aqui em busca de demonstrar apoio para um retorno na data programada. Para que isto aconteça mesmo que de forma parcial, já que foi desenvolvido um plano de biossegurança”, argumentou.

A prioridade, segundo ele, seria o retorno das aulas da Educação Infantil, já que nos ensinos Fundamental e Médio, o aproveitamento com as atividades retoma é maior.  Pelo menos quatro escolas já teriam fechado as portas e mais 20 planejam decretar falência caso os estabelecimentos não voltem a funcionar nos próximos dias.

Não só gestores e funcionários das escolas, mas pais também se mobilizaram para pedir o retorno das aulas. Alguns empunhavam cartazes, em frente a sede do MP, defendendo pedindo a retomada no calendário escolar presenciais, enquanto alguns fixaram o pedido nos carros e buzinaram como forma de chamar a atenção.



Voltaram a trabalhar – Pedagoga, Aline Vilarino, 26 anos, relatou os problemas enfrentando pela filha de 5 anos por não estar frequentando as aulas. “Minha filha está tendo dificuldades. Além de sentir falta dos amigos, ela coloca o uniforme, pede para ir para escola. E eu trabalho, não tenho com quem deixar”, explicou. No momento, ela revessa os cuidados com a criança com o esposo, mas para isto precisa ser ausentar do trabalho.

Para ela, as escolas estão preparadas para voltar.  “As crianças precisam da orientação dos professores. A metodologia de ensino é diferente. Elas estão em fase de desenvolvimento e aprendem melhor na escola”, justificou.

O motorista escolar, Juliano Ricarti, 38 anos, tem dois filhos, de 3 e 9 anos. Ele defende que as escolas prossigam com as aulas online, mas também tenham a opção presencial, deixando a cargo dos pais optarem.

Ele lembre que as escolas apresentaram plano de biossegurança e que as escolas são um dos únicos setores que ainda não retomaram as atividades. “Os pais precisam trabalhar. A gente está parado há quase 100 dias. No começo a preocupação podia ser maior, mas agora com plano de biossegurança tem condições para um retorno”.

Dados – De acordo com a boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), divulgado nesta quarta-feira, são mais de 6 mil casos do novo coronavírus registrados no Estado, sendo 1,4 mil em Campo Grande. Cinquenta e seis pessoas já morreram.

O documento aponta ainda que na Capital, quase 70% dos leitos públicos de UTI estão ocupados.

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