O que mais falta para combater a violência contra a mulher?
Data nacional reacende debate sobre a persistência da violência e a urgência de fortalecer redes de denúncia
No Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, celebrado nesta sexta-feira (10), a pergunta que dá origem a muitas outras ecoa nas redes e nas ruas: o que mais falta para combater a violência contra a mulher no Brasil? Participe votando abaixo e deixe seu comentário nas redes sociais do Campo Grande News.
RESUMO
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A violência contra a mulher no Brasil continua alarmante, com números expressivos de casos em 2025. No Mato Grosso do Sul, foram registradas 3.539 violações, incluindo 28 feminicídios, 59 tentativas de feminicídio e mais de 16 mil ocorrências de violência doméstica. A subnotificação é um problema grave, com apenas 455 denúncias formalizadas junto à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Autoridades ressaltam a importância da divulgação dos canais de denúncia, como o 190 da Polícia Militar e o 180 da Central de Atendimento à Mulher, além das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.
A reflexão é mais do que necessária. Em 2025, o Mato Grosso do Sul já contabiliza 3.539 violações contra mulheres, segundo dados do MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania). Os registros envolvem maus-tratos, exploração sexual e tráfico de pessoas, entre outros crimes. Mas o dado que mais preocupa é a subnotificação: apenas 455 denúncias foram formalizadas junto à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
Os números do estado reforçam a gravidade da situação. Até outubro, foram 28 feminicídios, 59 tentativas de feminicídio e mais de 16 mil casos de violência doméstica. A discrepância entre os casos ocorridos e as denúncias realizadas mostra o quanto ainda há medo, falta de informação e de estrutura para garantir proteção e justiça.
A coordenadora estadual de políticas para mulheres destaca que é fundamental divulgar formas seguras de denúncia e ampliar o acesso à rede de apoio. “A mulher precisa saber que não está sozinha. Informação e acolhimento salvam vidas”, resume.
Como pedir ajuda
- 190 – Polícia Militar: em situações de risco imediato, a vítima pode pedir socorro mesmo disfarçando o pedido, simulando, por exemplo, uma ligação de entrega.
- 180 – Central de Atendimento à Mulher: canal anônimo, gratuito e 24 horas, que oferece orientação e encaminhamento.
- Deam – Delegacia Especializadas de Atendimento à Mulher: o Estado conta com 12 unidades presenciais, disponível 24 horas para registro de ocorrências.
Qualquer pessoa pode e deve denunciar casos de violência, mesmo que não seja a vítima direta.