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Esportes

Aos 15 anos, atleta recebe salário para jogar e sonha em viver de voleibol

Wendell Reis | 07/04/2012 11:39

Campeonato infanto-juvenil reúne meninas que jogam por lazer e garotas que querem viver de voleibol

Tais aprendeu a jogar em um ano e já recebe um salário mínimo como incentivo para continuar jogando(Foto: Wendell Reis)
Tais aprendeu a jogar em um ano e já recebe um salário mínimo como incentivo para continuar jogando(Foto: Wendell Reis)

Quando chegou em Ponta Porã, com 14 anos, Tais Estefani Peralta da Silva, hoje com 15 anos, não encontrou espaço para continuar praticando o esporte que mais gostava: o futebol. Sem saída, a garota passou a jogar voleibol e acabou sendo descoberta pelo técnico de Ponta Porã, Ademir Alves.

O treinador conta que se interessou pela impulsão da menina, que mal conseguia sacar. A evolução foi rápida e superou a expectativa do técnico. Ele prometeu a atleta que em dois anos ela estaria na seleção do Estado, mas a evolução foi tão grande que em um ano e meio ela já representava Mato Grosso do Sul no Campeonato Brasileiro.

Tais conta que o começo foi bem difícil, pois a mãe não gostava de esporte. O incentivo só começou a ser dado quando a mãe percebeu que o esporte começava a dar futuro para a garota. Por meio do Conselho Municipal do Esporte, a atleta começou a ganhar um salário mínimo para ajudar a família e seguir no esporte.

Com 1m80cm, a atleta de 15 anos ainda tem um ano para crescer e espera alcançar mais alguns centímetros. Destaque nos campeonatos estaduais, a atleta já foi convidada para jogar em equipes da Capital e do Paraná, mas o técnico não deixou. No final do ano, ele pretende levar a adolescente para fazer um teste no Vôlei Futuro, de Araçatuba-SP.

Maria Eduarda e Marília começaram a jogar para ficar próxima das amigas (Foto: Wendell Reis)
Maria Eduarda e Marília começaram a jogar para ficar próxima das amigas (Foto: Wendell Reis)

O Mato Grosso do Sul possui alguns atletas que ganharam destaque no cenário nacional, como os jogadores de vôlei de praia, Talita e Benjamim, e a jogadora de vôlei de quadra, Natasha, que atualmente é capitã do time de Minas Gerais, que chegou a semifinal da Superliga Feminina de Vôlei deste ano. O destaque alcançado pelos atletas faz muitos adolescentes sonharem em viver do esporte.

A atleta Sisa Hirano, 15 anos, começou a jogar vôlei com 8 anos, durante as aulas de educação física. A paixão pelo esporte foi crescendo e com 11 anos a menina já treinava para disputar campeonatos. Em Campo Grande, ela disputa o primeiro campeonato fora de sua cidade, dando início ao sonho de viver do esporte. Com 1m73cm ela torce para crescer um pouco mais e viver do voleibol. “Não penso em nada. Só em vôlei mesmo”, declara ao ser indagada sobre que profissão que pretende seguir.

Marília Kintschev, 15 anos, mora em Glória de Dourados, mas está jogando o Estadual de Voleibol pela equipe de Ponta Porã. Ela começou a jogar voleibol por causa das amigas e da mãe, que já foi jogadora e incentivou. Hoje a garota tomou gosto pelo esporte e conta que não consegue parar de jogar.

Maria Eduarda Junqueira não tem o mesmo pensamento das colegas. Ela acha que o voleibol é passageiro por conta de seu tamanho e também porque não pretende ser atleta. Aos 16 anos, ela já decidiu que vai ser advogada. As finais do Campeonato Estadual de Voleibol Infanto-Juvenil acontecem neste domingo (8), a partir das 9 horas, no Ginásio Dom Bosco, localizado no final da rua 14 de Julho. A cerimônia de premiação será às 11h30.

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