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Esportes

Após 23 anos, Ricardo Teixeira renuncia comando da CBF

Fabiano Arruda | 12/03/2012 12:31
Teixeira alega problemas de saúde para deixar entidade; especulações antes do Carnaval apontavam saída do dirigente. (Foto: Terra)
Teixeira alega problemas de saúde para deixar entidade; especulações antes do Carnaval apontavam saída do dirigente. (Foto: Terra)

Ricardo Teixeira, 64 anos, renunciou o comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta segunda-feira. Após 23 anos à frente da entidade máxima do futebol brasileiro, ele deixa o cargo sob argumento de cuidar da saúde e da família.

As especulações de que Teixeira deixaria o posto ganharam força antes do Carnaval. Além da presidência da CBF, ele também deixa o COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014).

A quase dois anos da Copa do Mundo no Brasil, o comando da confederação passa para José Maria Marin, um de seus cinco vices. Foi Marin quem leu a carta de renúncia de Teixeira nesta manhã.

"Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nosso país é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização", afirmava a carta. "Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde", completou.

Marin, recentemente flagrado colocando no próprio bolso uma das medalhas da premiação do título da Copa São Paulo de Juniores conquistada pelo Corinthians, cumprirá o restante do mandato, até 2015. E também herderá o cargo no COL.

"Vou assumir o COL ao lado de um grande ex-jogador, o Romário", disse Marin, para em seguida corrigir e dizer Ronaldo, que já era integrante do comitê da Copa.

Teixeira chegou a CBF em 1989 pelas mãos do sogro e presidente da Fifa, João Havelange. Apesar das especulações anteriores, o ex-presidente da confederação garantia que seguiria no comando da entidade.

Denúncias de corrupção e o mau desempenho da seleção nas últimas copas agravaram a crise em torno do homem forte do futebol brasileiro por mais de duas décadas.

Em 29 de setembro do ano passado, foi internado em um hospital no Rio apresentando dores abdominais. Um mês antes, foi alvo de protestos em várias cidades do país contra a sua administração.

Além disso, enfrenta acusação de estar envolvido no maior escândalo da história da Fifa. O chamado dossiê da ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001, será avaliado pela Corte Federal da Suíça e tem documentos considerados comprometedores para Teixeira.

O processo, que tramita desde 2008, possui os nomes de dirigentes que supostamente receberam propina em negociação pelos direitos de transmissão de Copas do Mundo. Pressionado, Teixeira perdeu força para virar o sucessor de Joseph Blatter na presidência da Fifa após a Copa de 2014, no Brasil. (Com informações da Folha Online)

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