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Esportes

Pilotos investem alto para sustentar paixão pelo kart

Paula Vitorino | 27/05/2012 16:36

Temporada do Campeonato Estadual 2012 teve início hoje no Kartódromo

Campeonato comçou hoje. (Fotos: João Garrigó)
Campeonato comçou hoje. (Fotos: João Garrigó)

Ouvir o ronco dos motores, “voar” em uma pista e sentir a adrenalina de cada volta são alguns dos ingredientes que motivam pilotos de Mato Grosso do Sul a investir alto para competir no kart, mesmo que seja como um hobby de fim de semana.

E os gastos com o esporte podem chegar a dobrar na época de competições. A temporada 2012 de disputas do Campeonato Estadual teve início neste domingo (27), no kartódromo Ayrton Senna, com 25 competidores.

O médico e piloto há 3 anos, Marcos Rogério Covre, de 41 anos, diz que durante os seis meses do ano em que acontecem as competições os gastos mensais ficam na média de R$ 3 mil. As despesas com viagens, manutenção dos veículos e compra de equipamentos é por conta dos pilotos, já que o patrocínio é quase zero.

“A gente tem que trocar pneu, gastar mais com mecânico, equipamento, viagem, aí os gastos aumentam”, diz.

Mas o empresário e piloto há 2 anos, José Wanderley Scucuglia, de 44 anos, afirma que por conta de imprevistos, como acidentes, o gasto anual gira em torno de R$ 30 mil, uma média de R$2.500 mil por mês.

“Só esse ano já gastei cerca de R$ 13 mil porque tive um acidente e precisei consertar o kart. Agora com as competições vão vir mais gastos, fora os imprevistos”, frisa.

Para quem está começando, fica com os pais a missão de bancar o esporte. O agricultor Geraldo Goes, de 42 anos, investi cerca de R$ 2 mil por mês no sonho do filho de ser piloto profissional.

Adolescente sonha em ser profissional, mas precisa de patrocínio.
Adolescente sonha em ser profissional, mas precisa de patrocínio.

E Gabriel Krug Loeff, de 15 anos, treina com empenho para mostrar resultado na primeira competição. Ele conseguiu o melhor tempo na primeira bateria de hoje, mas terminou a disputa em quarto lugar na categoria Executiva Graduada – pilotos abaixo de 40 anos.

“Estou treinando bastante para baixar o tempo”, diz.

Ele começou a competir depois de andar de kart e gostar do esporte. O investimento inicial foi de cerca de R$ 25 mil. O adolescente deseja seguir carreira profissional, mas sabe que isso só será possível se houver patrocínio.

“Quem sabe um dia consiga ser um piloto profissional, mas precisa de muito dinheiro para chegar lá. É um esporte caro e sem patrocínio fica difícil”, afirma.

Vale a pena? - Colocando na ponta do lápis, os gastos são altos, mas os pilotos garantem que vale a pena.

“É o que ele gosta e é um esporte que aproxima a família, eu sempre estou participando junto”, diz o pai orgulhoso.

Já José tem outra explicação para a escolha do kart: praticamente a realização de um sonho de criança. “A gente depois que começa a ficar velho quer fazer o que sempre desejou quando era novo, mas não podia fazer porque não tinha dinheiro”, confessa.

Como os treinos e competições acontecem nos fins de semana, o esporte também serve como uma fórmula para fugir do estresse para os pilotos que durante a semana trabalham em diferentes profissões.

“Nosso dia a dia é uma correria estressante e a adrenalina do kart serve para desestressar”, revela.

Classificação - A primeira disputa teve como vencedores:

Marcos Rogério Covre - categoria Executiva Senior

Marcio Hisamatsu – categoria Executiva Graduada

Rodrigo Eugenio Gouveia Neto – categoria Super S4 A

Lucas Neto de Emílio - categoria Super S4 G

Vinicius Mombrum, de 8 anos – categoria Kadete

A segunda etapa do Campeonato acontece nos dias 16 e 16 de junho, em Itaquiraí. O Campeonato Estadual será em novembro, em Campo Grande.

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