ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Esportes

Seletiva para Mundial de Jiu Jitsu aconteceu neste fim de semana

Ana Paula Carvalho | 19/06/2011 18:35
Lutadores de Jiu Jitsu disputam classificação na seletiva para Mundial. (Foto: Simão Nogueira)
Lutadores de Jiu Jitsu disputam classificação na seletiva para Mundial. (Foto: Simão Nogueira)

Começou ontem (18) a seletiva para o Campeonato Mundial de Jiu Jitsu que acontecerá em São Paulo entre os dias 25 e 30 de julho. Ao todo, 380 atletas disputam a classificação em 12 categorias.

No sábado as disputas no Ginásio Guanandizão,em Campo Grande, foram da modalidade absoluto, quando as disputas se dão de acordo com a faixa, não importando a idade e o peso. Hoje (19), as disputas acontecem por categorias. Apenas os três primeiros colocados de cada categoria se classificam para o Mundial.

Yan Lucas, Carvalho de Souza, de 15 anos, entrou para o esporte com 11 anos, por incentivo do pai. Era uma forma de tentar emagrecer. Há quatro anos, ele tinha o mesmo peso que tem hoje, 60 quilos. “No começo eu levava na brincadeira, porque meu pai tinha me incentivado a ir para poder emagrecer, depois eu comecei a levar a sério”, relata.

Hoje, o atleta da academia Delariva MS, quer ganhar a seletiva para poder ir ao Mundial. Só este ano, ele já ganhou três competições consecutivas. E o que era brincadeira, virou coisa séria. Ele é campeão estadual Infanto-Juvenil B e conquistou dois títulos no Festival de Artes Marciais. “Hoje eu estou um pouco ansioso, porque estou mudando de categoria, mas vamos ver”, diz confiante.

Mas não é apenas quem começa cedo que se destaca nessa modalidade de luta. Caio Bandeira, 21 anos, estudante de odontologia, treina apenas há oito meses e tem se tornado uma revelação. O jovem foi campeão estadual na etapa Pantanal e, hoje, venceu a primeira luta da seletiva em menos de um minuto. “O Jiu Jitsu e uma arte suave que te ajuda a ter muita disciplina e determinação”, afirma.

Para vice-presidente da Fedeação de Jiu Jitsu de Mato Grosso do Sul, relacionar a modalidade à marginalização é um pré-conceito antigo. (Foto: Simão Nogueira)
Para vice-presidente da Fedeação de Jiu Jitsu de Mato Grosso do Sul, relacionar a modalidade à marginalização é um pré-conceito antigo. (Foto: Simão Nogueira)

Marginalização- O Jiu Jitsu é conhecido por muitos como um esporte violento e é muitas vezes relacionado à marginalização. Pré-conceito que existe há muitos anos e que profissionais de qualidade lutam para desmistificar.

O vice-presidente da Federação de Jiu Jitsu de Mato Grosso do Sul, Mayke Pessoa, é praticante da modalidade há 20 anos, e, desde então já existia esse pré-conceito. Para tentar diminuir isso, a Federação acompanha de perto as academias que são federadas e os atletas. “Quando alguém chega na academia e diz que quer começar a lutar, a gente pergunta o motivo, se ele diz que é só para defesa pessoal, o treinamento dele é diferenciado de um atleta que treina para competir”, afirma.

Ainda de acordo com ele, quando uma academia vai federar um lutador, a federação solicita um atestado de criminalidade daquela pessoa. Quando o atleta é menor de idade, há todo um acompanhamento da família.

“O Jiu Jitsu também ajuda a controlar a violência”, é o que diz o professor Hector Cesar Correia, 36 anos. De acordo com ele, o professor ensina o aluno a ter disciplina e isso ajuda fora do tatame também.

Hector teve um aluno que começou no Jiu Jitsu porque se saia mal na escola. Os pais decidiram incentivá-lo a praticar o esporte. Enquanto treinava, ele melhorou na escola e de comportamento. Já tinha sido expulso de três escolas. Ele parou de treinar e voltou a ser como era antes. “Nós estamos indo atrás desse menino para trazê-lo de volta. Vamos dar uma bolsa. Vamos tentar ajudar”, afirma.

Nos siga no Google Notícias