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Arquitetura

De casario a cemitério, livro fala do patrimônio que MS guarda na arquitetura

Obra será lançada na próxima segunda-feira, pelo IPHAN

Alana Portela | 15/08/2019 08:53
Antiga estação ferroviária de Campo Grande. (Foto: Arquivo IPHAN)
Antiga estação ferroviária de Campo Grande. (Foto: Arquivo IPHAN)

Para resgatar a história arqueológica, o IPHAN lança este mês o livro “Memórias do Presente – Patrimônios de Mato Grosso do Sul”. A obra será lançada na próxima segunda-feira (19), a partir das 16h, na Plataforma Cultural de Campo Grande e faz parte do programa “Educa Iphan” do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“Este programa conta com ações de educação patrimonial a partir de um parâmetro transversal e integrador, que é desenvolvido pela equipe multidisciplinar do Iphan MS, sedimentando o fomento, a identificação, a educação e a difusão ao tempo em que conglomera parcerias importantes quanto a preservação e salvaguarda do patrimônio cultural do Estado”, afirma a arquiteta Maria Clara Duarte, diretora do IPHAN.

A cartilha contém 64 páginas e estava sendo preparada há um ano e meio pela equipe do Iphan estadual. “O objetivo é contribuir para o conhecimento da população em relação aos bens protegidos em nível federal no Estado e esclarecer as diferenças entre os conceitos de tombamento e de registro”, explica. 

O livro "Memórias do Presente" também fala do Cemitério dos Heróis, em Jardim. (Foto: Arquivo)
O livro "Memórias do Presente" também fala do Cemitério dos Heróis, em Jardim. (Foto: Arquivo)

Na obra estão prédiso como a Esplanada Ferroviária de Campo Grande, que antigamente era uma Estação Ferroviária da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. As informações sobre o Casario de Corumbá, a 425 quilômetros da Capital, também entraram na cartilha. O local conta com construções antigas do período em que a cidade tinha o terceiro maior porto fluvial da América Latina.

Outro patrimônio histórico do Estado apresentado na cartilha é o Cemitério dos Heróis, localizado no município de Jardim. O local é um sítio que “guarda” memórias da Guerra do Paraguai ocorrida de 1864 a 1870. Na época, três líderes morreram de cólera, doença infectocontagiosa aguda do intestino delgado, durante os trabalhos da comissão brasileira de demarcação de limites. Em 1872, a área foi sinalizada por placa de mármore, que existem até hoje num dos túmulos.

O Casario de Corumbá na cor amarela (Foto: Prefeitura de Corumbá)
O Casario de Corumbá na cor amarela (Foto: Prefeitura de Corumbá)

Todas as páginas contam com imagens e informações detalhadas sobre os locais. “Os dados compõem o processo de cada local. Antes de o Iphan proteger um bem, é produzido um estudo técnico para ver a pertinência do tombamento e/ou do registro do bem”, relata. A publicação é fruto do trabalho da Superintendência do Iphan no Mato Grosso do Sul.

Além do lançamento em Campo Grande, a obra também será divulgada em Corumbá. Na semana serão realizadas atividades como visitas guiadas, oficinas, palestras. “Produtos educativos de apoio que se transformam em instrumentos interativos, possibilitando o reconhecimento local de sua história e memória. Estimulando de maneira direita a apropriação e a valorização de seu bem cultural”, destaca Maria Clara.

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