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Artes

Reduto da velha guarda do rock em Campo Grande, Coice de Mula faz show hoje

Naiane Mesquita | 17/07/2015 13:06
Coice de Mula retorna aos palcos depois de 15 anos separados (Foto: Alexis Prappas)
Coice de Mula retorna aos palcos depois de 15 anos separados (Foto: Alexis Prappas)

Dinossauros do rock, os músicos do Coice de Mula tem uma bagagem de dar inveja a qualquer um. Eles começaram cedo em bandas que fizeram parte da história de Mato Grosso do Sul, como Blues Band, Bêbados Habilidosos, O Bando do Velho Jack e, eventualmente, a que eles levam adiante hoje.

O projeto que começou nos anos 2000 reunia grandes amigos que tinham o desejo de tocar juntos. Entre idas e vindas, além de algumas mudanças de endereço, a ideia acabou engavetada. "Nós já estávamos planejando há algum tempo fazer um revival da Blues Band, eu, o Renato Fernandes, do Bêbados, o Marcos e o Bosco. O Renato ainda estava vivo e o show já estava marcado, quando ele acabou falecendo", resume o guitarrista Fábio Brum, 43 anos.

O baixista Marcos Yallouz afirma que com a perda de Renato, o desejo de subir ao palco ao lado dos companheiros de jornada só aumentou. "O Fábio veio para o enterro e a gente decidiu fazer um tributo para o Renato. Eu, o Bosco e o Marcelo, do Stone Crow. Quando fizemos, ficamos quatro horas tocando, só músicas que a gente gosta e a química foi natural. Falei para ele, vamos voltar com esse projeto. O falecimento do Renato acabou sendo o start", explica.

No fim, a Coice de Mula é formada por Marcos, Fábio, Marcelo Souza, na guitarra e voz, João Bosco, na bateria e Alex Cavalheri, no teclado. O título de velha guarda do rock, segundo eles, não faz diferença.

"Eu acho que hoje estamos melhores. A gente se conheceu na faixa dos 20 anos. Atualmente é mais prazeroso, com maturidade é melhor. São caras que eu respeito muito, como músicos e como seres humanos. O prazer pessoal é muito grande, fazer som frequente com eles que fazem parte da minha história", acredita Fábio.

O guitarrista que já morou nos Estados Unidos e atualmente vive em São Paulo, se divide entre a banda de lá, Saco de Ratos, e músicos que acompanha, ex-integrantes da Jovem Guarda e Ultraje a Rigor.

Apesar dos quilômetros de distância, Fábio diz que é impossível esquecer os amigos de Campo Grande e a família, que ele vem visitar sempre. "Venho praticamente todo mês. Muita coisa aconteceu nesse tempo, eles são músicos fantásticos. Já estou ficando velho, velho tem essa coisa de lembrar do passado, mas sem saudosismo de dizer naquele tempo que era bom, era coisa nenhuma", dispara.

Mesmo assim, umas lembranças sempre saem nas rodas de conversa. "Lembramos as besteiras que um ou outro aprontou, as bebedeiras...", ressalta.

Para Marcos, o que manteve todo mundo unido foi a música. "A gente ouve muito as mesmas coisas, somos e sempre fomos muito amigos. Essa ligação musical é muito grande e sempre vai continuar", acredita.

No repertório da banda além das canções autorais que começaram a ser produzidas e de uma releitura de Itamar Assumpção, os músicos tocam de Rolling Stones a Eric Clapton, no Cream. "Tudo que a gente ouve e gosta", indica Marcos.

Hoje, o show é no Lendas Pub, às 22 horas e no sábado, em Dourados, na Full House Pub.

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