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Artes

Revista da Capital ganha prêmio concedido por ONGs internacionais

Veículo jornalístico em quadrinhos foi premiado na segunda edição do Prêmio Megafone de Ativismo

Guilherme Correia | 17/04/2023 21:27
Logotipo da premiação recebida pela revista campo-grandense. (Foto: Divulgação)
Logotipo da premiação recebida pela revista campo-grandense. (Foto: Divulgação)

A Revista Badaró, veículo jornalístico de Campo Grande, venceu segunda edição do Prêmio Megafone de Ativismo, que destaca produções ligadas à temática dos direitos humanos e defesa do meio ambiente em todo o Brasil. A premiação ocorreu neste domingo (16) e é concedida por ONGs (Organizações Não Governamentais) nacionais e internacionais.

O veículo concorreu na categoria Reportagem em Mídia Independente, pela reportagem em quadrinhos “Um povo, três massacres”, que denuncia três casos de violações dos direitos do povo guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul.

Produções do podcast Medo e Delírio em Brasília, da Agência Eco Nordeste e dos portais Sinal de Fumaça e Brasil de Fato também foram finalistas.

Além da imprensa, o Prêmio Megafone também destaca ações de cidadania, perfis de redes sociais, autores de cartazes, artistas de rua, documentários, memes, fotografias, músicas e videoclipes.

A premiação é uma iniciativa conjunta de diversas organizações ligadas a causas humanitárias e ambientais: Greenpeace, WWF Brasil, Pimp My Carroça, Engajamundo, Instituto Socioambiental e Sumaúma.

Edição impressa da Revista Badaró, primeiro veículo de jornalismo em quadrinhos do País. (Foto: Divulgação)
Edição impressa da Revista Badaró, primeiro veículo de jornalismo em quadrinhos do País. (Foto: Divulgação)

Badaró - Fundada em 2019 por estudantes e recém-graduados do curso de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a Revista Badaró nasceu com inspiração em veículos como The Nib, Cartoon Movement e El Surti.

A revista funcionou apenas de forma on-line até 2022, com produção de conteúdos jornalísticos como reportagens, pílulas, crônicas e até editoriais em forma de quadrinhos, além de explorar formatos híbridos intercalando quadrinhos e texto corrido, e de algumas produções audiovisuais com animações e colagens.

Desde o início deste ano, no entanto, o veículo está em fase de lançamento de sua primeira versão impressa, a Badaró Especial. As vendas estão disponíveis no site e custam R$ 15.

A capa da primeira edição física traz em destaque a chamada “Yanomami – Entre genocício e fake news”. A produção é independente, realizada e distribuída pelos próprios integrantes e parceiros como a produtora de eventos Brava, a loja de camisetas e artigos de rock Devil e o restaurante vegetariano Mais Que Salada, todos de Campo Grande.

Além da premiação deste domingo, a revista acumula outras premiações nacionais - foi segundo lugar do Prêmio Mosca em 2020, com produção sobre a covid-19 em aldeias indígenas sul-mato-grossenses; venceu Troféu Expocom Centro-Oeste em 2021 com reportagem sobre a influência religiosa na política; e ganhou Menção Honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, também em 2021, com uma entrevista ilustrada sobre indígenas LGBT+.

O jornalismo em quadrinhos é uma linguagem relativamente recente, embora sua origem remonte aos primórdios da imprensa, quando as ilustrações eram a forma de retratar as notícias. O termo foi cunhado por Joe Sacco para classificar sua obra “Palestina”, de 1994.

No Brasil, profissionais como Alexandre De Maio, Robson Vilalba, Carol Ito, Cecilia Marins, Gabriela Güllich e Pablito Aguiar, além da própria Badaró, do portal Aos Fatos e do Canal Reload, têm produções constantes formando uma cena nacional.

Além da edição impressa e do site, a Badaró pode ser acompanhada em suas contas no Instagram e Twitter, ambos com o usuário @revistabadaro.

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