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Comportamento

Advogado não abre mão dos cachorros nem na foto oficial do escritório

Paula Maciulevicius | 22/06/2016 06:10
Cachorros são mais que companhia para advogado, viraram parte da vida dele. (Foto: Fernando Antunes)
Cachorros são mais que companhia para advogado, viraram parte da vida dele. (Foto: Fernando Antunes)

Depois que os filhos deixaram de ser companhia constante em viagens e passeios na cidade, Nelson se viu sozinho. Os três meninos hoje com 27, 26 e 24 anos criaram asas por volta de 2004, mas antes mesmo de saírem de casa, já tinham outros programas entre amigos. Foi aí que entraram em cena Suíça e Fofinha, as cadelas que saem até na foto oficial do escritório do advogado.

Foi através dessas fotos que o Lado B chegou até Nelson Araújo Filho, de 54 anos. Entre a casa e o escritório são vários cachorros, a maioria fruto de doações ou de resgate das ruas. "Tem uma parte que fomos incorporando e outra da linhagem da cocker spaniel", explica Nelson. A primeira cadela da casa era da raça e chegou em 1988 à família, que hoje mora na região da Vila Rosa Pires, em Campo Grande.

"A gente sempre criou dentro de casa com as crianças e depois foram aumentando, 2, 3, 4..." e por aí vai, conta Nelson. Sempre foi hábito do pai levar todos os filhos para viajar. Às vezes, em até dois carros. "Eu não sabia viajar com carro vazio, então comecei a levar elas", explica o advogado. 

Nelson junto de Fofinha e Suíça. Foto está no site oficial do escritório.
Nelson junto de Fofinha e Suíça. Foto está no site oficial do escritório.

De 2004 para frente que Suíça e Fofinha se tornaram fieis escudeiras de Nelson. Onde ele ia, elas estavam junto. A justificativa é uma só: a síndrome do ninho vazio e transferência de carinho para as quatro patas. Pergunto se pai também sente a ausência dos filhos e a resposta é "e como". Certa vez Nelson ouviu de um cliente a história de que "eles vão, mas voltam".

"Na adolescência eles já não querem mais andar com a gente, sabe?", argumenta o advogado. Os filhos cresceram. Um deles é fotógrafo em Milão e os outros dois, seguiram o caminho do Direito.

As cãopanheiras vão ao trabalho e também viajam junto com o advogado. "Eles grudam e você também gruda. Não tem mais criança, não tem nada. Tinha uma época que eu viajava e só escolhia hotel que aceitasse cachorro", relata.

No roteiro de viagens, Suíça e Fofinha conhecem Tocantins, Maranhão, Piauí, Pantanal, Rio de Janeiro e várias outras cidades. Parte destes passeios foi contato puro com a natureza, através de trilhas ou passeios de barco, que Nelson garante que as cadelas tiram de letra. Nunca lhe trouxeram problema e até sabem como agir.

Foto oficial do escritório de advocacia, onde Nelson é um dos sócios e os cachorros fazem parte da pose.
Foto oficial do escritório de advocacia, onde Nelson é um dos sócios e os cachorros fazem parte da pose.

"A Fofinha é dada, não sabemos a idade. Uma amiga que cuidava dela na UFMS e quando a pró-reitoria ameaçou de chamar a carrocinha, ela lembrou de mim e perguntou se eu não queria", narra Nelson. A bichinha chegou doente e de tanto tratamento e dengo, "grudou também", completa o advogado.

Suíça é mais antiga, tem 9 anos, vem dos filhotes da primeira cadela da família, mas já misturado com vira-lata. Enxerga pouco, mas nem tanto pela velhice. "Ela é a mais apegada de todas. Quando nasceu, a mãe dela me deu. E mãe, sabe como é com filhotes, não é? Mas dela eu acho que abriu mão e me deu mesmo", acredita.

De certa forma, o advogado acredita que transferiu parte da dedicação e amor aos filhos, também para as cadelas. "Os cães são grudados na gente e eu gosto tanto e faço de tudo. Elas iam para o escritório comigo e na época de fazer o site, elas tinham que sair na foto", justifica Nelson.

A dupla ficava na sala do advogado que atendia clientes e recebia todo mundo sem nunca ter ouvido reclamação. "Fazia parte do cotidiano", descreve.

Os gatos, se tornaram amor mais recente, declara Nelson, mas também já fazem parte da rotina casa - escritório.

"E eles passam a te reconhecer. No meu outro escritório, eu passo às vezes dois, três meses sem aparecer e quando eu vou, eles vem pra cima, miam. Quem não se toca com isso? Você se derrete", convence Nelson. 

Mais que companhia, as cachorrinhas são para ele "parte da minha vida". E só deixaram de ir para cima e para baixo com o dono há três anos, quando Antônio, o caçulinha da casa nasceu. "Mas eu não me imagino sem elas", resume. E o amor pelos bichinhos também passou de pai para filho. Na foto, Antônio abraça com força um deles, Jean Pierre. 

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Antônio, o caçulinha da casa, no abraço aos cães. Amor passado de pai para filho. (Foto: Fernando Antunes)
Antônio, o caçulinha da casa, no abraço aos cães. Amor passado de pai para filho. (Foto: Fernando Antunes)
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