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Comportamento

Chance de 1 em 1 milhão, Vanessa tem medula compatível com criança turca

Naiane Mesquita | 30/12/2015 06:23
Vanessa durante os exames para confirmar a compatibilidade com criança em Istambul (Foto: Arquivo Pessoal)
Vanessa durante os exames para confirmar a compatibilidade com criança em Istambul (Foto: Arquivo Pessoal)

Em agosto deste ano, Vanessa Mansano, 38 anos, foi surpreendida com um telegrama. A mensagem curta e cheia de significados foi lida com medo, mas também com uma alegria sem tamanho. Após apenas alguns meses inscrita no banco de doação de medula óssea, a funcionária pública era compatível com uma criança com câncer em Istambul.

“Fiz a doação de sangue para me inscrever no banco em dezembro do ano passado. Recebi o telegrama em agosto. Quando li a mensagem fiquei com muito medo, mas ao mesmo tempo muito feliz, muito contente de ajudar alguém, ainda mais uma criança. Nunca pensei em desistir”, afirma Vanessa.

Depois de contatada, ela precisou repetir o exame para averiguar a compatibilidade, que deu mais uma vez 100%. A chance de isso acontecer com pessoas de países diferentes é de 1 em um milhão de casos. “Eu sou descendente de japoneses, um dia vi uma moça também descendente pedindo para que as pessoas se inscrevem no banco porque ela precisava de doação de medula. Fiquei sensibilizada. No fim, não pude ajudá-la, mas para minha alegria vou ajudar outra pessoa”, acredita.

Para Vanessa, o importante agora é disseminar cada vez mais informações sobre o banco de medula. “O Redome, que é o banco de medula é conectado no Brasil todo e também no exterior. É uma grande rede de doadores e pessoas que precisam da medula. Eu quero contar para todos como foi a doação, dizer que não dói nada, que é um procedimento tranquilo, quebrar esse medo que as pessoas tem”, explica.

Agora, o próximo passo é realizar uma bateria de exames para comprovar a saúde física de Vanessa. Todos os procedimentos são feitos no Hospital do Câncer de Barretos.

“Tem pessoas que estão inscritas no Redome há mais de 15 anos e nunca foram chamadas. Se Deus nos ajudou com essa probabilidade eu jamais poderia ter medo ou não pensar em fazer a doação. Conheço pessoas que ainda tem esperança e estão em busca de doadores e nós podemos ajudar”, frisa.

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