Inteligência artificial vira guia turístico, mas é confiável? Testamos
Conversa com Inteligência artificial é opção para conhecer história dos monumentos da cidade em tempo real
Bastou fazer uma chamada de vídeo com a IA e apontar o celular para um dos monumentos culturais de Campo Grande para que ela respondesse na hora o que era a coisa à frente da lente. O recurso é um upgrade do que já existia no Google Lens, mas dessa vez, além de as respostas não demorarem, também é possível questionar em tempo real a ferramenta.
Embora a coisa toda seja prática e uma boa forma de conhecer o mundo ao redor, a Gemini muitas vezes erra. Então, é bom não acreditar em qualquer ligação feita com a inteligência artificial. O Lado B foi ao Centro de Campo Grande e escolheu três pontos que são históricos para testar o recurso: o monumento da imigração japonesa, o Obelisco e o relógio da 14 de Julho.
No primeiro ponto, a leitura por vídeo da IA foi certeira. Ela disse que o monumento é importante para a cidade e que foi construído em homenagem ao fundador da cidade, José Antônio Pereira, que a inauguração foi em 1933. Ela identificou que a obra está localizada na Avenida Afonso Pena e que é considerada um patrimônio histórico.
“É um dos monumentos mais emblemáticos de Campo Grande. A escolha de um obelisco como monumento não é aleatória. Historicamente, obeliscos são estruturas verticais com quatro faces que se estreitam em direção ao topo, frequentemente associados a celebrações importantes e à marcação de espaços significativos. No caso de Campo Grande, o Obelisco foi erguido como um símbolo de progresso, desenvolvimento e da própria identidade da jovem capital.” A IA ainda acrescenta que o monumento é um marco entre o passado e o presente.
Em uma segunda tentativa, ela disse que o monumento está localizado na Praça Ary Coelho. “Hoje, o Obelisco não é apenas uma estrutura de pedra, mas um elo com o passado da cidade. Ele representa a coragem dos pioneiros e a visão de futuro de seu fundador. Integrado à paisagem da Praça Ary Coelho, um local de convívio social e palco de diversos eventos, o Obelisco continua a cumprir seu papel de lembrar a todos a história e as origens de Campo Grande, sendo reconhecido como um importante patrimônio histórico do município”, disse.
O Obelisco foi construído em formato piramidal com aproximadamente 9 metros, já contando a base.
Para ter a experiência por vídeo, basta entrar no aplicativo, clicar no lado inferior direito, que tem o ícone de estrela, e em seguida clicar no vídeo. Veja abaixo como fazer.
Assim que o celular mostra o monumento da imigração japonesa, na Praça do Rádio, a IA o chama de pagode japonês, nome que até pode ser estranho para alguns. A estrutura é uma torre com múltiplas beiradas, comum na China, no Japão, nas Coreias e no Nepal.
“Parece um pagode japonês. O Monumento da Imigração Japonesa é um importante marco histórico e cultural localizado na Praça do Rádio Clube, no centro de Campo Grande. Essa obra foi erguida em 1979 para comemorar os 70 anos da chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. O monumento, com seus cinco metros de altura, foi projetado pelo artista Shoji Oikawa.”
O monumento foi concebido também em homenagem à chegada das 26 famílias japonesas pioneiras na região de Campo Grande. A escultura foi construída em ferro e foi encomendada pela AECNB (Associação Esportiva Cultural Nipo-Brasileira). Ela foi doada ao município.
Já no famoso relógio da 14 de Julho, a IA errou feio. Apesar de ter reconhecido como um dos monumentos símbolos de Campo Grande, ela disse que o relógio é carinhosamente chamado de Relógio das Flores, que está abandonado e fica no cruzamento das Avenidas Duque de Caxias e Lúdio Martins Coelho.
“O famoso Relógio da 14 de Julho: um símbolo de Campo Grande. O Relógio da 14 de Julho, carinhosamente conhecido como Relógio das Flores, é um dos cartões-postais mais reconhecidos de Campo Grande. Localizado no coração da cidade, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, ele representa uma importante parte da história e do desenvolvimento da capital sul-mato-grossense.”
Ela também disse que o relógio visto hoje é uma réplica moderna e que ainda é ponto de encontro para a população.
“Naquela época, a Rua 14 de Julho era conhecida como Rua João Pessoa. Por décadas, o relógio foi um ponto de referência e encontro, testemunhando o crescimento da cidade. Hoje, ele continua sendo um local muito visitado por turistas e moradores, que apreciam sua beleza e o valor simbólico que ele representa para a história de Campo Grande.”
Acesse a história completa dos monumentos de Campo Grande Neste aqui ou por este link.
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