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Comportamento

Maioria jura que foge das fotos, mas quem registra a vacina emociona

A cada dia, o registro de vacinados nas redes sociais é também uma ferramenta para incentivar a imunização

Thailla Torres | 01/08/2021 08:10
Laura recebendo dose da vacina em Campo Grande, emocionada. (Foto: Arquivo Pessoal)
Laura recebendo dose da vacina em Campo Grande, emocionada. (Foto: Arquivo Pessoal)

Maioria dos leitores (70%) que responderam enquete divulgada neste sábado (31) dizem dispensar as fotografias após a vacina. Outra parte (5%) julga desnecessário o registro nesse momento e 25% votou para o público tirar mais.

Independentemente de quem você seja na fila da vacina, a verdade seja dita: a foto de um amigo vacinado emociona. É também para alguns uma forma de influenciar pessoas à irem para a fila da vacina o quanto antes, principalmente após inúmeras vidas perdidas.

O professor universitário Caio Cezar Pedrollo Machado, de 31 anos, confessa que não gosta de expor tudo nas redes sociais, mas fez questão de postar a vacina porque sente que está na mesma energia, de mostrar, de comemorar.

“Penso que hoje mostrar para as pessoas que tomamos a vacina é válido também porque cada um de nós nessa sociedade virtual é capaz de influenciar uma pessoa, motivar algum questionamento. Vivemos uma época muito reacionária, retrógrada. Mostrar que estamos confiantes com a prevenção, que somos a favor do progresso, da modernidade, da ciência acaba sendo importante na sociedade em rede”, explica.

Quem também não tem o perfil de compartilhar tudo nas redes sociais é a jornalista Laura Peres. Mas dessa vez ela decidiu usar as redes como ferramenta para um desabafo e incentivo à imunização.

Caio também vacinou neste sábado e comemorou o momento fazendo um registro.
Caio também vacinou neste sábado e comemorou o momento fazendo um registro.

Laura não imaginava viver uma pandemia e muito menos como reagir a ela. Desde março de 2020, quando os primeiros casos de covid-19 foram anunciados, ela viveu e sentiu emoções diferentes. “O medo sempre esteve presente, o que mudava era a intensidade. Era com a minha vida. Era com a vida dos meus familiares (o que tenho de montão). Era com a vida de amigos e colegas de trabalho. Já tive dias em que esquecia desse momento de pandemia e que a máscara nem incomodava mais. Mas também tive dias de desespero e de grandes aflições. Tive dias em que até pensei o quanto fui "sortuda" ou até mesmo "abençoada" por ninguém próximo a mim pegar e ficar mal”.

No entanto, infelizmente, a doença chegou em sua casa. A mãe de Laura teve covid-19 e foi internada. Hoje ela já se recupera em casa, mas Laura afirma que o medo tomou seu coração.

“Mesmo com as dores de ver familiares debilitados por esse vírus. Comemorei cada vacina. Chorei de emoção ao ver meus familiares vacinados. Chorei ao ver os familiares de amigos vacinados. Chorei ao ver meus amigos vacinados. Cada pessoa que aparece no meu feed eu faço questão de comemorar. E hoje, finalmente, chegou meu dia. Tomo a minha primeira dose com um significado muito maior”.

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